A plantação e a exportação de feijão está se destacando no norte de Mato Grosso. A estabilidade do dólar e a realização de contratos futuros favorecem as empresas exportadoras e assegura boa renda aos produtores há décadas instalados na região. O produto é todo comercializado para a exportação em vários países. As expectativas de novos contratos e a divulgação desse bom momento de comercialização dos produtos estão sendo esclarecidos por Alan Fontana, sócio proprietário da Sorribras, que participa da Feira Internacional do Pantana 2024, até o próximo domingo (2), em Cuiabá.
Alan Fontana afirma que a empresa trabalha com a capacidade de 18 mil toneladas de estoque das lavouras diretamente para o porto de Paranaguá, no Paraná, rumo a vários países. Ele assegurou, que a rentabilidade para os produtores e as empresas exportadoras está na entrega de um produto com qualidade certificado e dentro de todos os trâmites alfadengário.
Alan ressaltou a importância da duplicação da BR-163 em direção ao norte do estado para o escoamento dos produtos, que vão por rodovias para os portos de Paranaguá (PR). “A duplicação ajuda bastante e é excelente. O nosso produto vai sobre rodas pela BR- 163 numa distância de 2,1 mil quilômetros e o frente não é barato”, disse.
Segundo empresário, a escolha por portos do Sul é devido a exportação do feijão depender de um porto que tenha fluxo de entrada com contêineres e menor burocracia para embarcar as mercadorias mais rápido”, justificou.
Apesar de uma logística ainda trabalhosa, toda a produção de feijão segue pela BR-163 até o sul do país, aonde o sistema de embarcação favorece com um pouco de agilidade. Alan afirmou que o crescimento do setor está atrelado à qualidade da produção de feijão plantados para exportação. “O crescimento das empresas e dos produtores está atrelada a qualidade do produto que eles nos fornecem. Sempre falo, tenho os equipamentos mais moderno, mas se o produto não tiver qualidade não consigo fazer negócios. Dependo da qualidade dos produtos para atender os nossos clientes e fornecedores, que são técnicos e qualificados no que fazem”, argumentou.
Com certa estabilidade econômica no país, o produtor de feijão se mantém na ponta das exportações. “O mercado de exportação não perdeu espaço e tem contratos atraentes. A estabilidade do dólar também ajuda na comercialização e dessa forma, conseguimos passar preço bom para os clientes e também valorizar o produtor com preços melhores”, esclareceu.
A Sorribras exporta o feijão preto para América Central e do Norte, além do rajado e Dark Red (vermelho escuro), o fradinho, Calpi, Nova Era, Mungo Preto, Mungo Verde e Chia e Gergelin. O único que não e exportável é o carioca por não ser apreciado por estrangeiros.