O atual presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), ex-prefeito de Nortelândia, Neurilan Fraga, que se mantém na disputa pela reeleição da associação, nas eleições de 2 de outubro deste ano, voltou a rebater a tese do seu concorrente e atual prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin, que a entidade deve ser representada por prefeitos com mandatos. Segundo Neurilan, o estatuto interno da AMM segue as normativas aprovadas em nível nacional da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), conforme outros estados brasileiros que adotaram a medida de eleger também, candidatos ex-prefeitos para representar os municípios em Brasília. Bortolin termina o mandato em 2024, por ter sido reeleito a prefeito, logo em 2025 até 2027 ficará sem mandato eletivo, caso não seja eleito para deputado estadual, federal, governador ou senador, nas eleições de 2026.
“No caso de concorrentes que estão no final do mandato e são eleitos pela AMM, eles também entram na condição de ex-prefeitos a partir do segundo ano da administração. Então esse discurso não procede”, esclareceu Neurilan.
De acordo com o presidente da AMM, todos os prefeitos de Mato Grosso tiveram a oportunidade de questionar sobre as propostas feitas à época ao estatuto interno, que incluiu a participação de ex-prefeitos no processo eleitoral da associação. “Foi feita a proposta seguindo as normas do estatuto da CNM e os prefeitos de Mato Grosso aprovaram. Todos tiveram a oportunidade de questionar, mas a maioria aprovou. Até hoje a maioria acredita que o presidente da AMM tem que ter dedicação exclusiva às causas municipais, o prefeito em mandato não tem tempo para isso”, justificou Neurilan.
Ele rebateu as especulações de que teria influenciado para antecipação das eleições na AMM para o dia 2 de outubro deste ano. “A comissão é soberana, no Estatuto fiz que as eleições poderiam ser realizadas até dezembro deste ano, mas a comissão eleitoral definiu para o mês de outubro coincidindo com as eleições gerais no Brasil”, esclareceu o candidato.
Neurilan afirmou ter o apoio da maioria dos prefeitos para continuar na AMM. “Isso se deve ao nosso conhecimento da causa municipalista e a participação efetiva nas discussões que fazemos há tempo em Brasília e no governo do estado”, disse.
Ele argumentou que os presidentes das associações em todo o país, devem estar atentos às discussões histórias no Congresso Nacional, como a reforma tributária, leis complementares que de fato fará a reforma tributária funcionar, seguidas da reforma administrativa e diversos projetos de leis, que estão em apreciação e que mexem com a vida dos cidadãos mato-grossenses. “São temas que o presidente da AMM tem que está ativo com profundo conhecimento para defender os municípios. Tem que ter tempo, dedicação exclusiva para isso. Quem está no mandato não terá como fazer isso de forma eficaz. E principalmente neste momento, não é da noite para o dia, que se aprende a fazer gestão na AMM”, concluiu Nuerilan.