Uma velha conhecida dos produtores, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), a cada ano gera mais preocupação em diversas regiões do Brasil. Os enfezamentos, comuns em lavouras infestadas por elas, são considerados atualmente um dos principais desafios fitossanitários da cadeia produtiva do milho no Brasil, já que podem reduzir em mais de 70% a produção de grãos em plantas suscetíveis. Para ajudar no controle preventivo desse problema, a agtech Tarvos está lançando para a safra 2023/24 suas armadilhas inteligentes que vão muito além da geração de imagens.
O equipamento de monitoramento exclusivo foi especificamente projetado para atrair e capturar a cigarrinha do milho, tornando-se uma ferramenta altamente eficiente para sua identificação. As armadilhas inteligentes atraem os insetos através da cor amarela, além disso, contam com uma câmera que faz o registro das cigarrinhas capturadas e transmite os dados via satélite. Os algoritmos de reconhecimento de imagem permitem o monitoramento em tempo real e on-line, medindo a dinâmica populacional dos insetos de forma constante e simultânea.
As informações coletadas, com os talhões mais suscetíveis à praga, são entregues via WhatsApp, com um relatório personalizado para auxiliar nas tomadas de decisões no uso de insumos químicos ou biológicos, e na melhor janela possível de aplicação. “O nosso objetivo não é comercializar armadilhas e sim utilizar a ferramenta para transformar imagens em dados e informações relevantes para o manejo, por isso, vamos além da imagem”, diz Carolina Suffi, diretora de negócios estratégicos da Tarvos.
Prevenção começa agora
A ferramenta Tarvos, que foi testada e validada, está pronta para início de projetos da Safra 23/34. Segundo Carolina, a empresa começa a posicionar as armadilhas em agosto para que no momento da plantação do milho, em meados de setembro, elas já estejam prontas para monitorar.
A estratégia da agtech é seguir com dois projetos. Um deles é para macrorregiões, onde é possível observar o movimento de migração da praga. Outro projeto está focado em microrregiões onde serão beneficiados produtores, sementeiras, grupos agrícolas e cooperativas. “O foco dos clientes para ter acesso a esses dados é amplo. Todos nessa cadeia têm o interesse de obter informações sobre a presença dessa praga. Conseguimos atender todos estes mercados identificando a necessidade de cada um”, diz a diretora de negócios estratégicos da Tarvos.
Ainda segundo a profissional, a ideia para os próximos anos é dobrar o número de armadilhas a cada safra, ampliando cada vez mais essa malha de monitoramento, criando assim um grande banco de dados da cigarrinha do milho e um histórico que até hoje não existe. “Com essas informações passamos a colaborar com o uso de defensivos biológicos. Com os dados obtidos de presença e captura de D. maidis podemos começar a intensificar o uso desses produtos não somente no corretivo químico, mas sim, no preventivo biológico”, finaliza Carolina
A Tarvos S.A. é uma empresa brasileira com sede em Campinas-SP, sendo pioneira no desenvolvimento de soluções em software e equipamentos eletrônicos para coleta de dados para o manejo digitalizado de pragas e doenças agrícolas.