Jaciara alerta para surto de doença contagiosa que já contaminou 20 pessoas no município

adultos e adolescentes  também são infectados, porém, a maioria dos casos não desenvolve sintomas e podem ser transmissores assintomáticos  do vírus

Casos já registrados em diversos municípios brasileiros da doença viral e contagiosa chamada “mão-pé-boca” ou síndrome Coxsakie, também foi registrada em Jaciara (148 quilômetros de distância da Capital). De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Tais Cangani, no município já foram notificados 20 casos da doença. Taís alerta a população sobre sintomas e cuidados.

“Os primeiros sintomas são febre acima de 38 graus, falta de apetite, diarréia, vômito, dor na garganta, dificuldade de engolir, salivação, dor de cabeça e mal estar, e após dois dias do início desses sintomas o aparecimento de manchas e bolhas vermelhas”, alertou Tais.

Vale ressaltar que, adultos e adolescentes  também são infectados, porém, a maioria dos casos não desenvolve sintomas e podem ser transmissores assintomáticos  do vírus.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS?

A doença mão-pé-boca se manifesta primeiro com febre, que antecede o aparecimento de lesões na boca, em forma de bolhas.

COMO É TRANSMITIDA A DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA?

O vírus da mão-pé-boca é transmitido por meio do contato próximo, gotículas, secreções, saliva e até fezes contaminadas. A pediatra Vanuza Chagas pontua que o pico de transmissão acontece na semana em que as lesões no corpo aparecem.

A doença facilmente se espalha em locais como creches e escolas, onde há muitas crianças. Um objeto que uma pessoa infectada encostou é um dos agentes de contaminação.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico da doença geralmente é clínico, ou seja, é feito pelo médico no consultório após examinar o paciente. A avaliação do médico é importante para saber os passos do tratamento, já que sintomas similares aos da mão-pé-boca podem ser encontrados também em outras doenças, como a catapora.

COMO TRATAR? 

Não há um tratamento específico para a síndrome mão-pé-boca. O que se faz em caso de infecção, de acordo com a médica Vanuza Chagas, é tratar os sintomas à medida que eles aparecem e incomodam a criança.

A DOENÇA SE CURA NATURALMENTE?

Sim. Na maioria dos casos, mesmo que não haja tratamento sintomático da doença, a mão-pé-boca se cura naturalmente assim como a evolução de diversos vírus.

Conforme a pediatra, a condição faz partes das chamadas doenças autolimitadas, pois não há remédio específico. O repouso e a hidratação são fatores benéficos nesses casos.

COMO ALIVIAR OS SINTOMAS?

A pediatra Vanuza Chagas indica algumas formas de aliviar os sintomas da doença mão-pé-boca. Confira:

  • Aumentar a oferta de líquido, pois a doença causa desidratação por contas das lesões
  • Ingestão de alimentos de fácil mastigação como pastosos e gelados
  • Caso a criança esteja mamando, aumentar a frequência da amamentação
  • Uso de pomadas, exceto as que possuem corticoide na composição

É UMA DOENÇA PERIGOSA?

A maioria dos casos da doença não são graves ou perigosos, pois se curam muitas vezes sozinhos e não evoluem para quadros mais sérios.

O que pode tornar a síndrome mais complicada de se lidar é a facilidade da transmissão.

QUANTO TEMPO DURA A DOENÇA?

O tempo de duração da mão-pé-boca é entre 7 e 10 dias

COMO PREVENIR?

O Ministério da Saúde, por meio de informações reunidas pela Biblioteca Virtual com especialistas e entidades, elaborou uma lista de recomendações que podem prevenir a síndrome:

  • Evitar, na medida do possível, o contato muito próximo com o paciente (como abraçar e beijar);
  • Cobrir a boca e o nariz ao espirrar ou tossir;
  • Manter um nível adequado de higienização da casa, das creches e das escolas;
  • Não compartilhar mamadeiras, talheres ou copos;
  • Lavar superfícies, objetos e brinquedos que possam entrar em contato com secreções e fezes dos indivíduos doentes com água e sabão e, depois, desinfetar com solução de água sanitária diluída em água pura (1 colher de sopa de água sanitária diluída em 4 copos de água limpa);
  • Descartar adequadamente as fraldas e os lenços de limpeza em latas de lixo fechadas.

(Fonte: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria)