Nem precisou de uma calculadora em mãos para que o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB) fizesse uma equação simples sobre a mudança do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) pelo BRT (Ônibus de Transporte Rápido). Os questionamentos foram em cima da Audiência Pública na Câmara Municipal de Cuiabá.
“É uma questão matemática. Faltam mais de R$700 milhões para a conclusão do VLT. O governo dispõe de R$300 milhões, faltando apenas outros R$ 400 milhões para que tenhamos um patrimônio de R$ 2 bilhões, já que foram investidos nessa obra quase R$ 1,3 bilhão”, disse. “Já para o BRT é um novo projeto. São R$ 500 milhões de investimentos para um patrimônio inferior”, de acordo com ele, seria muito mais econômico finalizar a obra já iniciada do que começar um novo modal.
O parlamentar afirmou que ainda fosse ter que escolher, seria a favor do BRT, porém a matemática seria inviável caso o governo de Mato Grosso insista na troca de VLT pelo BRT, na visão dele.
“Hoje, o BRT seria mais viável pelas condições que o país está vivendo. No entanto, não podemos iniciar uma nova obra. Ela já foi decidida desde 2012 pelo VLT e já foi aplicado mais de R$ 1,3 bilhão na parte estrutural de alguns vagões que estão lá em Várzea Grande”, disse.
Na avaliação de Renivaldo, “dentro da economia do nosso estado não é tanto dinheiro assim (referindo-se à aquisição de mais R$400 mi à conclusão do VLT). Teremos uma obra moderna e limpa com um patrimônio de R$ 2 bilhões”.
Soluções
“Para uma obra que começou errado lá atrás. Temos que levar em consideração que temos, hoje, quase 60% dessa obra concluída. Não tem como tirar cimento e ferragem que já foram montados”, argumentou.
“Faltam 40% e é apenas mais R$700 milhões. Como boa parte desse dinheiro já temos em caixa, uma das soluções para que concretizamos essa obra são as PPPs (Parceria Público Privada). Temos vários caminhos a tomar. Agora, falar que não aconteceu nada nesses anos e desfazer tudo, jogando R$ 1,3 bi no lixo não podemos aceitar”.
Renivaldo lembrou que quem ganha com o VLT é a população de Cuiabá e de Várzea Grande.”
Por fim, o vereador defendeu um diálogo mais amplo com a população “e se for o caso até mesmo acontecer de forma remota, devido a pandemia. Estes são os caminhos que o governo deve tomar”.