A partir de 2021 quando as vacinas contra a Covid-19, – hoje todas em desenvolvimento, mas em fases adiantadas de testes -, estiverem disponíveis no mercado, nenhum morador de Mato Grosso correrá o risco de ficar sem o imunizante. Mais do que isso, não precisará tirar dinheiro do próprio bolso se houver obstáculos por parte do Governo Federal, sob o presidente Jair Bolsonaro, para distribuição gratuita da vacina.
Nesse caso, o próprio Estado se encarregará de comprar as doses da vacina para imunizar os 3,5 milhões de habitantes dos 141 municípios mato-grossenses.
Tal afirmação partiu do secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, ao comentar sobre a atual situação financeira do Estado, que segundo ele, “fez o dever de casa” e diferente dos ex-governadores que comandaram o Palácio Paiaguás nos últimos 10 anos, hoje tem dinheiro suficiente para fazer investimentos e proporcionar qualidade de vida para a população de Mato Grosso.
“Se houver impasse na distribuição de vacina por parte do Ministério da Saúde nós esperamos que isso não vá ocorrer , o Governo do Estado de Mato Grosso hoje pode dizer que tem condições de adquirir 3,5 milhões de vacinas para vacinar todos os mato-grossenses”, afirmou Rogério Gallo durante entrevista à TV Centro América na manhã desta quinta-feira (26).
O secretário explicava sobre a previsão orçamentária para 2021 contida no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada à Assembleia Legislativa para ser aprovada nos próximos dias pelos deputados estaduais. “É isso que é importante um Estado equilibrado porque na hora que menos se espera o Estado tem que estar ali pronto para agir como num momento desse de pandemia. Hoje o Estado fez o dever de casa, está com as contas equilibradas e é por isso que no ano que vem nós vamos investir mais de 10% do orçamento em obras e benefícios para a população”, colocou o gestor.
Na entrevista, Rogério Gallo explicou que a LOA de 2021 traz uma previsão orçamentária de R$ 22 bilhões, sendo que desse total de recursos, R$ 2,1 bilhões estão destacados para investimentos, o que segundo o titular da Sefaz, é “algo histórico” em Mato Grosso. “Esses recursos que serão investidos, boa parte são de recursos próprios. O Estado que estava no início de 2019 quase à beira da falência, quase quebrando com mais de R$ 3,5 bilhões de dívidas nas ruas com fornecedores até servidores públicos e prefeituras hoje está com suas contas equilibradas em virtude de todo o dever de casa que foi feito por essa administração, pelo governador Mauro Mendes com apoio da Assembleia Legislativa controlando gastos, aumentando as arrecadações, cortando privilégios fiscais. Hoje temos condições de anunciar uma lei orçamentária para 2021 investindo 12% da receita corrente líquida em benefícios da população “, enfatizou o secretário.