Cynthia Lemos
O trabalho tem vários significados: garantir a sobrevivência, ter o que fazer, pagar as contas, enriquecer, ter uma utilidade no mundo.
Vários são os sentimentos também entorno dele: vibração, cansaço, adrenalina, desânimo, força, fraqueza, desafio, estresse, paixão, decepção.
Um dia desses tive uma aula sobre a diferença entre as palavras união e unidade, com um empresário nota dez.
Muito se fala de união nas empresas, mas o que lhe une a um grupo?
O motivo que une você a alguém e a algo é o que fará a diferença quando falamos de motivação.
A grande questão aí, demonstrada por esse empresário, foi que quando uma equipe se une por motivos exclusivamente externos, como salário, benefícios, obrigações, regras… a empresa pode sim conseguir alcançar a união de uma equipe, mas não a unidade. E engajamento com comprometimento profundo, só se conectarmos as pessoas neste nível, ele expressou, refleti e concordei.
No meu dia a dia, ainda percebo muitos empresários resistentes quando falamos da importância da clareza sobre os valores, missão e visão de suas empresas, depositando realmente toda a sua confiança com exclusividade aos fatores externos (salário, benefícios, palestras motivacionais) importantes, mas de efeitos limitados.
Essa postura reforça que esse grupo ainda não entendeu sobre o poder de “descobrir” a essência contida dentro de si, no que se propõe a fazer através do seu negócio.
Quando eu falo em descobrir, estou falando realmente no aspecto de deixar ser visto por todos aqueles que estão unidos na realização do trabalho.
Quando cada um compreende o propósito daquele negócio existir para além da sua função, será o momento, no qual cada pessoa poderá ser tocada e convidada a um chamado de realização através do trabalho, que terá mais força de fazer sentido para ela, porque a conectará pelo coração, pelo que a faz sentir-se desafiada e motivada a continuar;
Motivação interna meu caro, e não as externas de duração rápida, estou falando aqui de longa duração, pois quando encontramos o motivo do porquê fazemos o que fazemos dentro da gente, encontramos uma força incrível de seguirmos e lutarmos por aquele ideal.
Para que você compreenda a diferença entre a função e missão de uma empresa, darei um exemplo: Uma pessoa que morava em uma pequena área rural, cuja lateral é atravessada por uma estrada, com poucos recursos no percurso, passa a receber pessoas em sua casa que pediam para usar o banheiro e ou beber água. Vendo essa necessidade dos viajantes, este morador tornou aquela casa um restaurante que com o passar dos anos, se tornou uma rede em várias BRs do Brasil.
Qual a função deste negócio? Vender alimento e bebida
Qual a missão deste negócio? Apoiar e acolher os viajantes em suas necessidades, com uma boa alimentação e com banheiros limpos.
A essência do motivo deste negócio ter começado lá atrás.
Deste modo, quando menciono junto aos empresários, que para descobrir no sentido de tirar o cobertor e reconhecer a sua missão, é preciso responder a algumas questões: O que o motivou a começar? O porquê você faz o que faz dentro do seu negócio? Qual foi e é o seu grande objetivo, quando iniciou isto aqui, o que tornou e ainda mantém este negócio VIVO (com letras maiúsculas) servindo a sociedade por longos períodos, evoluindo e gerando novos pontos de servidão, ou seja, o grande motivador interno que gera a unidade entre fundador, colaboradores, clientes e sociedade.
Você já parou para pensar nisso? Dar um passo além da função do seu negócio? O chamado maior pelo que foi convocado a fazer, isso vai gerar a unidade das pessoas, a conexão entre elas a nível interno, ou seja, a maior fonte de comprometimento, engajamento e produtividade.
Cynthia Lemos é Psicóloga Empresarial e Coach na Grandy Desenvolvimento Humano. Especialista no Desenvolvimento de Líderes e Empresas tem a missão de: Expandir a Consciência e Gerar Ações Transformadoras – para pessoas e empresas que desejam evoluir em seus projetos e objetivos. E-mail: cynthia@grandy.com.br