Foto: Christiano Antonucci
O governador Mauro Mendes afirmou para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que o Estado irá responsabilizar duramente quem, por má-fé ou conscientemente causou incêndios. De acordo com ele, ninguém será responsabilizado indevidamente porque o incêndio está em uma área rural.
Durante coletiva de imprensa, nesta terça-feira (18), em Cuiabá, o governador relatou ao ministro que o Estado detem a tecnologia do Sistema Planet, que permite acompanhar em tempo real incêndios ocorridos dentro do território mato-grossense.
“Dessa forma, conseguimos verificar quando o incêndio começou e em que ponto começou. Com essa tecnologia, conseguimos saber se é um incêndio criminoso ou acidental. Não responsabilizaremos ninguém indevidamente, mas vamos responsabilizar duramente quem por má-fe ou conscientemente causou esses incêndios”, garantiu.
Junto com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, Mendes fez um sobrevoo na região atingida pelas queimadas, em Poconé, localidade onde foi deflagrada a Operação Pantanal 2.
De acordo com o governador, o esforço conjunto entre as equipes dos estados e do Governo Federal já deu resultados consideráveis poucos dias após a operação ser deflagrada.
“Depois que entramos aqui, reduzimos em 73% as queimadas. Quero parabenizar os nossos Bombeiros, Polícia Militar, e todos os órgãos e equipes envolvidas, assim como o Governo Federal, ao ministro Ricardo e ao presidente Jair Bolsonaro, que estão sendo muito diligentes em oferecer o suporte necessário a este trabalho”, relatou.
O governador destacou que esse resultado “é fruto de muito trabalho” e da política adotada pelo Estado de Mato Grosso em ter tolerância zero com os crimes ambientais.
“Vamos continuar trabalhando e, se Deus quiser, minimizar esse impacto na natureza, no meio ambiente e na vida de todos nós que estamos aqui no Pantanal e em Mato Grosso”, adiantou.
Conforme o ministro Ricardo Salles, o Governo Federal e os Governos de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul estão “muito bem alinhados”.
“Combater as queimadas é um desafio em um clima tão quente, tão seco e com ventos tão fortes. É uma tarefa feita diariamente com muito esforço. Contratamos 50% a mais de brigadistas. São 3 mil pessoas contratadas pelo Governo Federal para reforçar esse combate”, registrou.
A operação
A Operação Pantanal 2 é realizada pelo Centro Integrado Multiagências de Coordenação Operacional Nacional (Ciman), Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros Militar do Mato Grosso, Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira, Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, Secretaria de Estado de Meio Ambiente, UFMT e Polo Socioambiental Sesc Pantanal.
Entre os recursos empregados na operação estão o Super Cougar (UH-15) da Marinha do Brasil, o Black Hawk (H-60) da FAB, duas aeronaves Air Tractor do Corpo de Bombeiros, aeronave do Sesc Pantanal, camionetes, vans, caminhões pipas, quadriciclos, abafadores, bombas costais, sopradores e Unidade de Resgate Móvel.
A base da operação está instalada no Parque Sesc Baía das Pedras, unidade do Sesc Pantanal.
Mais de 100 pessoas compõem a operação que já utilizou mais de 2 milhões de litros d’água em 10 dias, entre aeronaves e caminhões pipas.
De acordo com o mapeamento realizado por satélites, atualmente grande parte dos pontos de queimadas está concentrada na região de Poconé, Barão de Melgaço e uma área em Porto Jofre, na fronteira dos dois estados.