Crédito não chega em larga escala a microempresas

O superintendente do Sebrae no Distrito Federal, Valdir Oliveira, 53 anos, afirmou que as linhas de financiamento de crédito para empresários lançadas durante a pandemia ainda não chegaram em larga escala aos pequenos negócios.

Em entrevista ao Poder360, ele explica que o principal gargalo dos programas não é o crédito disponibilizado pelas instituições, mas o baixo alcance que o sistema financeiro oferece aos pequenos empreendedores.

Nesse sentido, Valdir afirma que duas medidas pretendem sanar essa problemática: a medida provisória que dispõe das garantias para os valores das vendas realizadas em máquinas de cartões e o programa lançado pelo BNDES com foco em fornecedores.

Nós temos centenas de bilhões de reais ofertados no mercado de crédito. Nosso problema não é dinheiro, nosso problema é que essa oferta de crédito segue 1 caminho de bancos e o sistema bancário não alcança a maioria dos nossos pequenininhos. [E aí o governo lançou recentemente duas novas alternativas, que a gente tem expectativa de que alcance esse público que não foi alcançado pelos bancos. Uma são as maquininhas e o BNDES que lançou uma linha voltada para os fornecedores.”

Com a paralisação da maioria das atividades econômicas em razão da pandemia, as perdas se acumularam de tal forma que foi preciso uma distinção das necessidades dos empresários, identificando se eles precisam de financiamento para lidar com as perdas dos negócios, ou de 1 auxílio financeiro para amparo das necessidades familiares.

Assim, Valdir Oliveira defende a inclusão de empreendedores com faturamento anual de até R$ 150 mil no programa do auxílio emergencial de R$ 600. “Eles estão abandonados. Porque não têm nem acesso ao crédito, nem à subvenção [econômica].”