Conselho Federal de Enfermagem em Mato Grosso (COFEN) juntamente com o Movimento Social da Frente Popular em Defesa do Serviço Público, se referiu ao Dia Internacional da Enfermagem numa forma diferente ao período anterior: o órgão espalhou hoje (12), diversas cruzes de cor preta num longo trecho da Avenida Tenente Coronel Duarte, apelidada de Avenida da Prainha, no centro de Cuiabá.
Conforme o presidente do COFEN, Manoel Neri, as cruzes lembram cada um dos enfermeiros mortos pela Covid-19 no Brasil.
O COFEN revelou que o país registrou 98 mortes de enfermeiros e enfermeiras e no mundo outros 260 profissionais de enfermagem. O número total de confirmados com a doença já chega a quase três mil profissionais.
“É uma situação grave, que exige medidas imediatas para evitar o adoecimento em massa de profissionais, que pode ser catastrófico não apenas para os diretamente afetados, mas para o próprio sistema de Saúde”, diz Manoel Neri, presidente do Cofen.
Em Cuiabá, no dia 2 deste mês morreu o enfermeiro Athaíde Celestino, 63. Ele trabalhava no Caps Adauto Botelho, local onde 13 profissionais da saúde foram infectados com covid-19. Athaíde ficou 37 dias internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Companheira de Athaíde no Caps Adauto Botelho, a enfermeira Alessandra Bárbara completa 37 dias na UTI hoje. Ela está internada no antigo Pronto-Socorro de Cuiabá e o estado de saúde é grave.