A obra de construção de um viaduto sobre a Avenida das Torres, em Cuiabá continua causando transtornos para os moradores, incluindo comércios da região Jardim Itália e bairros próximos. Iniciada no primeiro semestre de 2019, ao custo de R$ 16,3 milhões, a obra é lenta e provoca caos no trânsito em uma das principais rotatórias, que piorou os longos congestionamentos, que já existiam na avenida. A prefeitura trabalha com a meta de entregar o viaduto até março deste ano.
Sem paciência para enfrentar a lentidão do trânsito, alguns motoristas afastaram as barreiras de desvios e passaram a fazer atalhos nos espaços interditados pela Secretaria de Obras e não pela Secretaria de Mobilidade Urbana (SEMOB) que é responsável pela sinalização na região. O resultado é que não há respeito ao sistema semafórico, que controla o fluxo de veículos com grandes riscos de acidentes, durante todo o dia.
Segundo os moradores, a SEMOB garantiu o acesso dos proprietários às garagens, mas um dos trechos estão totalmente fechados para eles. A SEMOB alegou que o fechamento do trecho foi feito pela Secretaria de Obras. Além disso, os moradores querem a instalação de redutores de velocidade nas proximidades dos desvios, que estão sinalizados com placas, mas que não são respeitados pelos motoristas que insistem em trafegar em alta velocidade.
Os moradores relatam, que os acidentes tem sido corriqueiros entre os horários de 21 horas e 6 horas da manhã com ênfase nos finais de semanas, quando há registros de acidentes por ingestão de bebidas alcoólicas. No mês de dezembro ocorreram oito acidentes entre carros e motos e num deles, um carro invadiu e destruiu o muro de uma residência atingindo um dos carros que estava dentro da casa.
A sinalização da SEMOB desviou todo o trânsito da Avenida das Torres, sentido Centro ao Coxipó para a Avenida Roma, onde primeiramente fecharam a Avenida das Torres com os chamados gelo baiano e colocaram inicialmente, uma placa informativa somente a 25 metros antes do desvio. Após os acidentes, o órgão refez a sinalização a uma distancia de 500 metros antes do desvio e ainda assim, os acidentes não param.
“Com isso começaram acontecer muitos acidentes e somente no período noturno entre 21 e 6 da manhã e a maioria desses acidentes os motoristas tinham ingerido bebida alcoólica”, disse Carlos Alberto, que teve um carro e um muro destruído na sua residência que fica na esquina da Avenida Roma.
“Bêbado não olha placas e o os acidentes continuam. Tem que fazer dois redutores de velocidade perto dessa barreira, obrigando os motoristas a diminuem a velocidade. Se não colocarem esses redutores mortes irão acontecer, porque todo dia praticamente tem acidentes aqui. Minha casa está em risco. A vida das pessoas que aqui moram está em risco”, alertou Carlos.
A solicitação por redutor de velocidade envidada por Carlos há mais de quarenta dias ao setor da Ouvidoria da SEMOB, ainda não teve resposta do órgão.