Cabines de orelhões antigos expostas ao sol e chuva em um pátio da operadora de telefonia, no Bairro Jardim das Américas, em Cuiabá, acumulam água e servem como criadouro do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. A situação tem sido motivo de preocupação para os moradores da região.
Um deles fez uma foto do apartamento onde mora, em um condomínio no bairro, que mostra os orelhões empilhados.
“Começou a temporada de chuvas e o pátio da operadora Oi aqui do lado do meu prédio tem orelhões juntando água e servem de criadouro de mosquitos”, reclama.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que cabe à prestadora do serviço realizar o descarte seguindo a legislação e que os aparelhos são recolhidos e levados para seus laboratórios para eventual reaproveitamento ou desmonte.
De acordo com a operadora Oi, a retirada de orelhões da cidade está ocorrendo devido à pouca utilização, mas que mantém uma auditoria periódica, ou seja, uma fiscalização no local de armazenagem dos orelhões públicos e fará uma nova inspeção para verificar a situação no pátio da unidade no Jardim das Américas.
A Anatel informou que, com o novo Plano Geral de Metas (PGM), aprovado em 2018, para a universalização do serviço telefônico fixo público, as concessionárias não têm mais obrigação de manter orelhões a cada 300 metros nas localidades atendidas com acesso individual, e da obrigação de garantir a densidade de quatro orelhões para cada mil habitantes por município.
Com isso, as concessionárias iniciaram a retirada de orelhões.
Dados do boletim epidemiológico divulgado na última semana pelo Ministério da Saúde apontam que Mato Grosso registrou 8.740 casos de dengue em 2019.