Aproximadamente R$ 9 bilhões, essa é a soma dos impostos federais, estaduais e municipais pagos pelos contribuintes mato-grossenses, apenas nos primeiros meses de 2019. A nível nacional o montante ultrapassa os R$ 665 bilhões.
Os valores estão expostos no “Impostômetro”, painel de LED com cerca de 18 m² instalado na sede da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso (Fecomércio-MT), localizado na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, no CPA, em Cuiabá.
O painel foi inaugurado nesta quinta-feira (04), com a presença do presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros.
“O Impostômetro é um balizador muito grande para esclarecer a população do quanto é cobrado deles, desta forma, eles podem cobrar dos seus governantes que os impostos sejam revertidos em serviços sociais. Desta forma, se entende que se paga impostos de mais, e não recebemos em troca, os benefícios”, afirma Tadros.
O presidente da CNC, também criticou a política de cobrança de impostos no país, “a reforma tributária é absolutamente inadiável. São tributos em cascata que vem de municípios, estado e União. No Brasil, da imprevisibilidade política e econômica, o empresário vai dormir com um regra e acorda com outra. Nós não conseguimos acompanhar. Para dar conta dos impostos, nós não conseguimos produzir bens e lucros que remunerem bem o trabalhador, fazem o dinheiro circular, produzir riquezas e alavancar a economia do país”.
Segundo José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio, Sesc e Senac em Mato Grosso, o painel vai trazer informações em tempo real, que vão além dos tributos.
“Queremos chamar a atenção de quem passa pelo local. Vamos apresentar as informações em tempo real dos impostos, mas também sobre o trânsito e o valor da cotação dos commodities produzidos em Mato Grosso, e os serviços prestados pela Fecomércio, Sesc e o Senac”, esclarece.
Múcio Ribas, tributarista da Fecomércio, revela que “os números apresentados no Impostômetro incluem taxas, contribuições e juros. Do montante apresentado 68% é referente a arrecadação federal, 25% dos estados e 6% dos municípios. Se percebe que a maior fatia vai para a União”.
O levantamento utilizado das arrecadações federais é da Receita Federal do Brasil, Secretaria do Tesouro Nacional, Caixa Econômica Federal, Tribunal de Contas da União, e IBGE. As receitas dos estados e do Distrito Federal são apuradas com base nos dados do CONFAZ – Conselho Nacional de Política Fazendária, das Secretarias Estaduais de Fazenda, Tribunais de Contas dos Estados e Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. As arrecadações municipais são obtidas através dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos municípios que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal, dos Tribunais de Contas dos Estados.