Foto: Lenine Martins
O Governo do Estado reuniu ontem (1), com a diretoria da Santa Casa de Misericórdia na busca de um entendimento para a superação da crise financeira pela qual passa o hospital filantrópico. O Executivo estadual pediu que a entidade forneça as informações referentes aos serviços prestados e às dívidas junto aos fornecedores, credores e funcionários.
O governador Mauro Mendes destacou que para se buscar uma solução definitiva, o hospital filantrópico precisa “desnudar os números de forma transparente, para que daqui um ano, não seja necessária uma nova discussão sobre o assunto”.
“Nós propusemos que a Santa Casa apresente três questões pontuais para que possamos analisar e encontrar uma solução para o caso. Que a direção apresente de maneira clara e transparente os números; um plano de viabilidade da instituição e um plano de sustentabilidade, ou seja, com condições que ela possa se manter e as fontes de recursos”, pontuou Mendes.
“Estamos disponíveis para encontrar uma solução para o caso. Agora depende da Santa Casa, o tempo está com a diretoria. Assim que ela entregar esses apontamentos, vamos sentar novamente para conversar com todos os parceiros envolvidos”, completou o governador.
A direção da instituição declarou que a iniciativa da administração estadual é promissora, uma vez que busca um entendimento definitivo para as dificuldades financeiras da unidade hospitalar, que há cerca de 20 dias suspendeu o atendimento à população.
“Estamos aqui para pedir socorro. Você, governador, foi o que demonstrou maior vontade de resolver a questão. Contudo, se nós não tivermos dinheiro novo, não vamos conseguir resolver essa situação”, disse o representante da entidade, Mário Cândia.
De acordo com o secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, em 2018, houve a contratualização junto à Santa Casa de serviços médicos a serem prestados pela unidade, no valor de R$ 38 milhões, em recursos federais e estaduais.
“A Santa Casa conseguiu produzir apenas R$ 12 milhões em serviços, deixando de arrecadar R$ 26 milhões. Portanto, está clara a pré-disposição dos governos federal e estadual em subsidiar e valorizar o serviço da Santa Casa, mas depende que a entidade adote medidas corretas de gestão”, explicou Figueiredo, destacando que qualquer repasse à Santa Casa será realizado através de contratualização de serviços, com a devida prestação de contas.