Vereadores tecem criticas ao Executivo e fazem balanço da LOA para 2019

O presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Justino Malheiros (PV) avaliou como positiva aprovação da LOA, que prevê receita e despesas para Cuiabá em 2019. Além disso, a novidade deste ano foi para a aprovação das emendas impositivas que deu direito aos vereadores destinarem 400 mil individualmente, para a saúde e obras municipais.

De acordo com Malheiros a LOA contempla as necessidades de investimentos no município para o próximo ano. “De forma coerente o Executivo vai investir no que essencial para o desenvolvimento de Cuiabá”, analisou.

O vereador Misael Galvão (PSB), eleito para assumir a presidência da Casa de Leis, no biênio 2019/2021 acredita que a LOA foi aprovada dentro da normalidade, seguindo as orientações das audiências públicas que foram realizadas para debater a distribuição dos recursos municipais em 2019. “Aprovamos a LOA conforme o que foi debatido dentro do projeto do Executivo nas audiências públicas”, afirmou.

Sobre sua atuação no comando do legislativo, Misael Galvão acredita que vai fazer um mandato produtivo levando aproximando a Câmara da população. “Fazer o que fazemos todos os dias que é trabalhar para atendermos as demandas da Casa”, disse.

O vereador Orivaldo da Farmácia (PRP) avaliou que a LOA atenderá as demandas econômicas e sociais em diversas regiões da cidade, como o Coxipó. “Esperamos tender o Coxipó que sofre com precariedade na infraestrutura, educação infantil e lazer. Mas temos trabalhado a cada ano para melhora a cidade a cada dia”, afirmou.

Orivaldo destinou recursos das suas emendas para a construção de um laboratório no Horto Florestal que vai produzir sementes, Academia ao ar livre e a Arena Siriri, no Espaço Silva Freire na região Sul do Coxipó.

A oposição alega alijamento da situação na Câmara dos Vereadores de Cuiabá e retaliação as suas emendas a maioria rejeitadas, por fazerem criticas aos atos do Executivo. “Ao invés de prejudicar a oposição, prejudicou a população que perdeu de ter bons projetos. Agente entende que é um curso natural. Teve vereadores que votou contra os direitos deles. Por exemplo, a prefeitura teria um papel fundamental na elaboração das emendas impositivas, mas preferiram rejeitar sobre orientação do executivo”, afirmou Abílio Júnior (PSC).

Para Abilio o papel principal da oposição foi cumprido fazendo a fiscalização sobre as ações do Executivo. “A LOA foi engessada com compromissos na folha de pagamento de pagamento e saúde, como em todos os anos e pouca coisa poderia atender. E como a oposição pode fazer suas emendas importantes, como a construção do hospital infantil, foi não passou pelo crivo do plenário, que alegou que o Executivo já tem a intenção de realizar o projeto”, concluiu.

Diego Guimarães (PP), o único que votou contra a LOA alegou gastos excessivos na publicidade institucional do Executivo. “Entre outras coisas que votei contras os gastos com propagandas acima da medida”, alegou.

 

Ele avaliou seu mandato como positivo por aprender e contribuir pelo fortalecimento do legislativo municipal. “Estou bastante feliz por aprende o quanto é importante o poder legislativo para uma cidade como Cuiabá. E nós vereadores independentes apontamos os erros e tentamos conduzir o legislativo independente do Executivo”, disse.

Segundo Diego, o executivo comete erros amadores no sentido de não priorizar obras essências para a cidade. “Agente ver pela cidade obras inacabadas e vemos a priorização da conclusão do novo pronto socorro, que é também importante, mas não é a única obra que Cuiabá precisa”, afirmou.

Diego criticou a inauguração do Pronto Socorro nesta sexta-feira (28) sem ter como efetivar o atendimento. “Acho que é o momento do Executivo parar com politicagem, palanque e começar a direcionar as politicas públicas de forma coerente, séria, pensado na população que está na ponta a espera de melhorias dos serviços públicos”, disse

Para 2019, o vereador prevê dificuldades para o executivo a frente da prefeitura de Cuiabá. “O prefeito vive num trono rodeado de bobos da corte que vivem elogiando suas ações ineficazes, mas esse castelo de areia vai ruir, são muitas irregularidades que duvido se ele finda seu mandato. O executivo é extremamente vingativo e esse tipo de politica tem que acabar. Apresentei uma emenda para asfaltar o bairro São Sebastião e a base do prefeito rejeitou”, acusou.

O vereador Marcelo Bussiki (PSB) lamentou que a LOA tivesse sido aprovada com poucas alterações e poderia ter contemplado outras áreas sensíveis como a zona rural de Cuiabá, conselhos tutelares, hospital infantil.

No entanto, ele acredita que a LOA vai contemplar diversos setores essenciais com R$ 800 milhões para saúde e R$ 752 milhões para educação. “Conseguimos garantir a conclusão de algumas obras que estão paralisadas e nosso parecer foi favorável com ressalvas e é a loa que deverá ser trabalhada e a prefeitura poderá remanejar até 20% dos recursos”,

Ele avaliou que 2018 foi positivo, embora não tivesse como aprovar muitas coisas. Mas ficou o posicionamento de criticas ao empréstimo de 10 milhões de dólares. “Há falhas no projeto como o cronograma de desembolso, taxas de juros, parcelamento, planilha de custos das obras que serão feitas com o dinheiro. Teria que ter um respaldo para sabermos ser seria melhor em dólar ou real”, disse.

Bussik vai recorrer com medida cautelar para evitar o empréstimo. “Não sou contra, mas temos que buscar a melhor opção. Quando compramos um carro avaliamos a melhor taxa de juros. E com dinheiro público temos que ter cuidado redobrado”, disse.

O vereador afirmou que a Câmara é para fiscalizar e barrar o que tiver de errado e quando legislativo não for atendido, os parlamentares devem procurar os órgãos de controle. “Avalio como positiva nossa atuação porque fizemos emendas essenciais para a população. O executivo no tem que avaliar bandeira partidária e sim a população com as emendas que são do projeto da própria prefeitura que estão no PPA LDOA e agora na LOA. O orçamento não é de vereador nenhum, mas sim de Cuiabá”, afirmou Bussik.