Os investimentos em inteligência na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) tiveram como resultado a redução em índices de criminalidade, como latrocínio (-21%) e roubos (-23,4%) de 2015 a setembro de 2018. Nesse período, foram investidos R$ 3.958.471,1 através da Secretaria Adjunta de Inteligência (SAI), quando incialmente estava previsto para 2015 o montante de R$ 232.645,52 de recursos.
Para aperfeiçoar as ações e políticas públicas de segurança, a Sai produziu relatórios sobre diversos temas e regiões, com assuntos, entre eles, tráfico de drogas, armas, crime organizado, conflitos agrários e organizações criminosas, que foram usados para planejar ações e investimentos em áreas de mais risco, além de acompanhar o que está sendo executado, para aprimorar o sistema de segurança.
“Através da atividade de inteligência foi possível incrementar as ações especializadas da Polícia Militar e da Polícia Judiciária Civil, fazendo com que houvesse redução da criminalidade. Tais investimentos foram de suma importância para que houvesse esse enfrentamento qualificado contra as facções criminosas, o tráfico de drogas e os roubos às instituições financeiras. A partir daí conseguimos potencializar os nossos recursos materiais e humanos”, enfatiza o secretário da Sesp, Gustavo Garcia.
Plano Estadual de Inteligência
Entre as ações que foram desenvolvidas a partir dos dados produzidos pela SAI estão o Plano Estadual de Inteligência (PEI), com vigência de 2016 a 2019. Um dos primeiros a serem elaborados no país, o Plano é dividido em 10 eixos, que são trabalhados em conjunto por células organizadas de inteligência, em que participam representantes da Polícia Militar, Polícia Judiciária Civil, Corpo de Bombeiros Militar e Perícia e Identificação Técnica (Politec).
São eixos sistêmicos do Plano o narcotráfico/fronteira/contrabando, contrabando de armas e munições, crime organizado, atividades ilícitas envolvendo defensivos agrícolas, sistema penitenciário, movimentos sociais, contrabando de armas e munições, roubo a instituições financeiras, conflitos agrários e questões indígenas.
Capacitação
De outubro de 2015 a setembro de 2018, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) capacitou, a partir da Escola Superior de Inteligência do Estado de Mato Grosso (Esimat), 2.504 profissionais em 53 cursos, palestras, pós-graduações e seminários. Criada há três anos, por meio do Decreto nº 302, realizou atividades de forma direta e em parcerias com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
Com programas de educação profissional para o Sistema de Inteligência de Segurança Pública, a Esimat foi criada para promover a profissionalização, atualização, aperfeiçoamento e especialização dos servidores públicos, além de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de novas tecnologias para a Segurança Pública do estado.
Investimento em tecnologia
Além dos investimentos na capacitação dos agentes de segurança, a Sesp aplicou recursos na modernização das tecnologias utilizadas, não só de armas e computadores, mas também no sistema de informações utilizado pela Secretaria, o S3iMT, programa que foi solicitada a permissão de uso pelos governos de Mato Grosso do Sul e Goiás, por causa da confiabilidade e dos recursos disponíveis.