Sid Carneiro
O deputado eleito, João Batista (PROS) defende a eleição deum presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso que preze pela redução de custos do Parlamento. João Batista confirmou ter conversado com diversos deputados estaduais e até mesmo com os pretensos à Mesa Diretora, deputados candidatos, Janaína Riva (MDB) e Eduardo Botelho (DEM) que disputará a reeleição. “Tenho conversado com todos os antigos e novatos. Mas particularmente vou optar por aquele candidato que tenha o projeto para que haja uma economia do parlamento e que possamos contribuir mais para os investimentos na saúde e educação. Com certeza estarei apoiando”, afirmou João, durante visita ao vereador Dilémário Alencar (PROS), na última quinta-feira, na Câmara de Vereadores de Cuiabá.
O atual presidente do Legislativo, Eduardo Botelho, tem trabalhado com o último orçamento de R$ 500 milhões, que poderá ser aumentado em até R$ 800 milhões para o exercício de 2019. O dinheiro é utilizado para o pagamento da folha de pagamento de efetivos, comissionados, aposentados e pensionistas, além dos custeios e despesas de logística do legislativo.
João Batista observou que mesmo com a redução dos custeios, o parlamento conseguirá manter sua estrutura em funcionamento atendendo as necessidades dos parlamentares e da sociedade. “Apesar da economia é importante que também tenhamos estrutura de atuação na capital e no interior do Estado, onde tivemos o reconhecimento de centenas de eleitores. Os deputados devem estar presentes nas regiões de Mato Groso e corresponder a votação que receberam”, justificou.
Entre as conversas que teve com os demais deputados, João Batista disse que há uma divisão de opinião entre os que rejeitam a devolução de parte dos duodécimos para o Estado, por desconfiarem sobre a forma como o governador irá administrar os recursos. “É possível sim, a Assembleia Legislativa contribuir mais com o governo na devolução dos recursos. Ou então que o legislativo gaste em ações direcionadas para a educação, saúde, cultura e esporte, mas que o dinheiro seja realmente investido no bem estar social e não apenas para mordomias dos parlamentares”, disse João.
Para o deputado, o bom gestor conseguirá fazer economia dos recursos públicos, mesmo diante da propagada crise financeira alegada pelo atual governador derrotado à reeleição, Pedro Taques (PSDB) e o governador eleito, Mauro Mendes (DEM). “O bom gestor fará uma boa economia. Se estamos passando por um momento de crise financeira como diz o governador que está saindo e o que está entrando, então é necessário que todos contribuam. O que não pode é o governo afirmar que vai apertar o trabalhador, enquanto que as instituições podem reduzir despesas”, disse João Batista livrando apenas a Defensoria Pública, que segundo ele, é a única que atende uma grande parte da população sem estrutura adequada.
“Já fui representante classista e ouvi todos sobre o assunto. E a Defensoria Pública é a única que não pode reduzir seus custos, porque é quem realmente atende a população mais necessitada. Mas os outros podem sim. Existe uma margem de gordura que eles podem queimar e devolver para o Executivo”, afirmou o deputado.
João Batista é funcionário público da Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso. Ele presidiu até se eleger deputado estadual nas eleições deste ano, o Sindicato dos Agentes Peneticiários do Estado (SINDSPEN). Ele obteve 11.374 votos válidos.