Taxas futuras de juros voltam a subir com ata do Copom

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Foto: REUTERS/Bruno Domingos

As taxas dos DIs fecharam a terça-feira em alta firme, com investidores realizando lucros e ajustando posições após quedas nas três sessões anteriores, em um dia marcado pela ata do último encontro do Copom e por declarações do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, que reforçaram as mensagens mais recentes de cautela na política monetária.

No fim da tarde desta sexta-feira a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,565%, ante 10,553% do ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,125%, ante 11,09% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,505%, ante 11,447%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,08%, ante 11,982%, e o contrato para janeiro de 2033 marcava 12,09%, ante 11,994%.

Na ata, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central indicou que, além da unanimidade entre os membros quanto à manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, todos concordaram que o colegiado deve “perseguir a reancoragem das expectativas de inflação independentemente de quais sejam as fontes por trás da desancoragem ora observada”.

Ao longo do documento, o BC voltou a fazer considerações sobre a questão fiscal, os efeitos econômicos da tragédia das chuvas no Rio Grande do Sul, o cenário externo adverso, o mercado de trabalho aquecido e a resiliência da inflação de serviços — fatores de pressão sobre as expectativas.

Além disso, o documento trouxe uma elevação da taxa de juros neutra — aquela em que não há estímulo nem retração da economia — de 4,50% para 4,75%, conforme o cálculo do BC.

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