Cassação da vereadora mostra o retrato da violência na política de gênero

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Joeli Casteli

A cassação da vereadora Fabiana de Chapada dos Guimarães é um escandaloso exemplo da violência política de gênero que ainda persiste em nosso país. Este episódio não é apenas uma injustiça contra Fabiana, mas um ataque direto a todas as mulheres que ousam se posicionar e lutar por um espaço na política. É inaceitável que, em pleno século XXI, mulheres continuem a ser perseguidas e silenciadas simplesmente por exercerem seus direitos democráticos.

Fabiana, eleita com grande apoio popular, sempre foi uma defensora incansável da sua comunidade. Sua atuação, marcada pela integridade e compromisso com o bem-estar público, a tornou alvo de forças políticas retrógradas que temem a mudança e a justiça social. Sua cassação sem justa causa não é apenas uma tentativa de deslegitimar seu mandato, mas uma clara perseguição política.

A violência política de gênero se manifesta de diversas formas, e a cassação de Fabiana é uma das mais cruéis. Este tipo de violência desestimula a participação das mulheres na política, perpetuando um ciclo de exclusão e desigualdade. É preciso dar um basta a essa prática que impede o avanço da igualdade de gênero e da democracia em nosso país.

Fabiana, ao protocolar um pedido de providências na Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa, mostrou mais uma vez sua coragem e determinação. Ela denunciou a perseguição que está sofrendo, clamando por justiça e pelo fim da violência política de gênero. Seu apelo foi acolhido por figuras importantes, como a deputada estadual Janaína Riva e a procuradora Francielle Brustolin, que reconhecem a gravidade do caso e oferecem o suporte necessário para combater essa injustiça.

Além disso, o apoio da deputada federal Gisela Simona (União) reforça a necessidade de união entre as mulheres para enfrentar qualquer tipo de violência, inclusive na esfera política. A luta de Fabiana é um chamado à ação para todas as mulheres e homens que acreditam em uma sociedade mais justa e igualitária. Não podemos permitir que a coragem e a determinação das mulheres sejam sufocadas por práticas autoritárias e misóginas.

Este episódio é um alerta sobre a urgência de proteger e promover a participação das mulheres na política. A política deve ser um espaço de inclusão, onde todas as vozes possam ser ouvidas e respeitadas. A perseguição a Fabiana é um reflexo de um sistema que ainda precisa evoluir para garantir a verdadeira equidade de gênero.

É preciso lembrar que a política não pode ser uma arena de violência e intimidação. Fabiana luta por uma Chapada dos Guimarães melhor, e essa luta é também a luta de todas as mulheres que buscam um futuro mais justo e igualitário. A cassação injusta que ela enfrenta não deve desanimá-la, mas sim fortalecer sua determinação de continuar lutando por sua comunidade.

Confiamos que a justiça será feita e que Fabiana poderá retomar seu mandato, continuando a servir seu povo com a mesma dedicação e compromisso que sempre demonstrou. Precisamos reconhecer e combater a violência política de gênero em todas as suas formas, assegurando que mais mulheres possam entrar e permanecer na política, sem medo de perseguições e retaliações.

Em um momento em que tantas mulheres estão se levantando e exigindo seu lugar na política, a história de Fabiana nos lembra que a luta pela igualdade é contínua e necessária. Devemos apoiar e proteger essas mulheres valentes que estão na linha de frente, garantindo que suas vozes não sejam silenciadas e que suas contribuições sejam valorizadas. É hora de dizer basta à violência política de gênero e construir uma política verdadeiramente inclusiva e representativa.

Joeli Casteli é advogada, Pós-Graduada em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Direito Previdenciário, atuante na área cível, empresarial e direito do agronegócio.

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