Soluções tecnológicas na era ESG e LGPD

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Marcio Guerra

A gestão de riscos é um processo essencial para toda organização de qualquer tamanho, independentemente do setor em que atua.  Com a crescente complexidade dos negócios e a ampliação das responsabilidades corporativas, mais as plataformas de sistemas e dados em nuvem tornam-se imprescindíveis. Diante desse ponto, as empresas precisam adotar abordagens estruturadas para identificar, avaliar e mitigar os riscos que podem afetar seus objetivos e a conformidade com leis de privacidade de dados. Além disso, precisam considerar o aspecto Ambiental, Social e de Governança (ESG), que também é prioridade, requerendo cuidados abrangentes. Nesse contexto, as plataformas tecnológicas desempenham um papel crucial, fornecendo suporte e recursos para uma gestão de riscos eficaz.

Esse gerenciamento é um processo sistemático que visa identificar, avaliar e priorizar os potenciais riscos que uma instituição enfrenta. Envolve a aplicação de técnicas e métodos para entender a probabilidade e o impacto das ameaças, bem como a implementação de medidas para reduzir ou controlar sua ocorrência. A gestão de riscos abrange uma ampla gama de áreas, incluindo riscos operacionais, financeiros, legais, de segurança da informação e reputacionais.

Recursos específicos, como a integração, categorização de dados, gestão da qualidade e de consentimento, avaliação de impacto de privacidade e detecção de violações de dados facilitam as atividades necessárias do dia a dia para a gestão de riscos no tratamento de dados pessoais. Além disso, essas plataformas permitem o monitoramento contínuo das tarefas de tratamento de dados, geração de relatórios e adoção de medidas corretivas, garantindo que a organização esteja em diligência e em melhoria contínua em busca da conformidade, que talvez não seja um status, mas sim, uma busca constante.

Já no aspecto ambiental, as plataformas podem auxiliar na gestão de processos estabelecidos relacionados à poluição, às mudanças climáticas, ao uso de recursos naturais e a outras questões ambientais críticas, além de formalizar estas atividades de forma estruturada e garantir, assim, aspectos colaborativos. Esses processos podem ser, por exemplo, para o monitoramento do consumo de energia, gestão de resíduos, conformidade com regulamentações ambientais e implementação de práticas sustentáveis.

No aspecto social, as plataformas tecnológicas podem apoiar a gestão dos riscos relacionados a questões trabalhistas, como assédio moral, sexual, incluídos nos itens da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e eSocial, direitos humanos, diversidade e inclusão. Elas permitem o monitoramento das práticas de trabalho, a detecção de riscos de violação de direitos humanos na cadeia de suprimentos e a implementação de programas de responsabilidade social corporativa.

No aspecto de governança, as plataformas podem auxiliar na identificação e mitigação de riscos relacionados a práticas éticas, transparência, conformidade regulatória e estrutura de governança. Elas fornecem recursos para o gerenciamento de políticas, avaliação do desempenho dos órgãos de governança, detecção de conflitos de interesse e garantia da conformidade com normas e regulamentos aplicáveis.

As plataformas tecnológicas também possibilitam a coleta, análise e monitoramento de indicadores-chave de desempenho (KPIs) relacionados aos aspectos ESG, o que permite uma visão abrangente da organização e a identificação de riscos potenciais. Essas informações embasam a tomada de decisões estratégicas e a implementação de ações corretivas para mitigar os riscos identificados.

Investir em soluções tecnológicas é o caminho mais seguro para as empresas estarem em diligências de ponta a ponta com o que o mercado e consumidores pedem e cobram.

Marcio Guerra é diretor de marketing e inovação

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