As informações dos Planos de Trabalho Exploratório (PTEs) relativos a 2023 apresentados à ANP pelas empresas detentoras de contratos para exploração e produção de petróleo e gás indicam que somente na fase de exploração, os investimentos, caso se concretizem, podem alcançar R$ 21 bilhões até 2027. Desse total, R$ 5,6 bilhões de reais (29%) para o ano de 2023 e R$ 7 bilhões (34%) em 2024.
O Diretor Cláudio Jorge de Souza reforçou a importância da divulgação de informações consolidadas sobre o desempenho do segmento de exploração, por meio do relatório divulgado hoje.
“Além de obrigação legal, dar publicidade a informações de interesse público é um compromisso fundamental da ANP. E alia-se à visão de que a Agência seja reconhecida como instituição dinâmica e transparente, com foco na proteção ao consumidor e na evolução dos mercados regulados. Disponibilizando essas informações e análises, bem como os investimentos previstos na fase de exploração, a Agência também contribui para a definição dos rumos de exploração de petróleo e gás natural do país”, disse o Diretor.
– O número de notificações de descoberta aumentou aproximadamente 54% quando comparado ao ano de 2021. Foram 20 notificações em 2022, contra 13 no ano anterior.
– Houve um pequeno crescimento no número de poços perfurados em relação ao ano anterior: foram 22 poços em 2021 e 23 poços em 2022, demonstrando que o setor ainda se recupera da pandemia de Covid-19.
– Ao final de 2022, 295 blocos estavam sob contrato, total que representou não só um aumento de 19% em relação a 2021, mas também o rompimento da tendência de queda, observada desde 2019. Isso equivale a mais de 186 mil Km2 de bacias com blocos exploratórios.
– Os 295 blocos se dividem entre 101.967 mil Km2 associados aos 138 blocos marítimos e 84.557,13 mil Km2 referentes aos 157 blocos terrestres.
– Blocos marítimos representavam 55% da área contratada e os terrestres, 45%.
– Dos 295 blocos com contratos vigentes, 246 estavam ativos e 49 suspensos, ou seja, cerca de 17% dos contratos encontravam-se suspensos. Na maioria desses contratos, a suspensão devia-se ao atraso no processo de licenciamento ambiental.
O PTE foi instituído em 2022, com publicação da Resolução ANP nº 876, e permitiu à Agência o acesso a informações mais detalhadas e expandidas sobre o planejamento das atividades previstas para a fase de exploração dos contratos, bem como os seus cronogramas e orçamentos.