Governador avalia que o Estado “quebra” em seis meses ao pagar além do salário mínimo para os pescadores no período defeso
O governador Mauro Mendes (UB) evitou ontem (7), polemizar a possibilidade de os deputados estaduais proporem aumento salarial acima de um salário mínimo, para os pescadores, durante o período defeso previsto num projeto de lei do Executivo, que proíbe a pesca predatória por cinco anos em Mato Grosso, incluindo a pesca profissional. Entretanto, o governador deixou claro que não há possibilidades de pagamentos acima do salário mínimo nesse período. As declarações do governador ocorreram, em Cuiabá, durante solenidade de entrega de certificados para mais de mil lideres comunitários, cadastrados no programa Ser Família.
“É legítimo que eles façam o debate sobre o projeto. Mas não faço média para agradar alguns e ferrar com o Estado. Não tem essa comigo”, disse.
No entanto, ele esclareceu que apesar da receita estadual estar numa crescente, não é possível atender essa provável reivindicação em função de o governo ter compromissos com centenas de demandas para a conclusão de rodovias, hospitais, segurança e geração de renda e emprego, além das ações sociais para a população em situação de vulnerabilidade”, afirmou o governador.
Mauro Mendes avaliou os riscos na possibilidade da proposta que está sendo cogitada entre alguns parlamentares. “Se todos avaliar desse jeito, vamos quebrar o Estado em seis meses. Tomando decisões erradas, quebra tudo. É como se a esposa achar que o marido tá ganhando bem e dispara a gastar. Noutro mês, estoura cartão de credito, cheque especial, tudo”, comparou o governador.
Mauro acredita em momentos de diálogo com os deputados dentro da realidade financeira do estado. “Temos despesas em várias áreas como, a construção de hospitais, rodovias e além disso temos pela frente uma reforma tributária, que vai atingir os estados e municípios. E Mato Grosso pode ser um dos estados que mais perderá repasses federais no Brasil”, alertou Mendes.