Alunos de medicina do Fies cogitam largar curso por causa de mensalidades caras

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Especificamente em medicina, o programa financia, no máximo, R$ 8.800 por mês, que devem ser pagos pelo aluno só depois da formatura. Mas as faculdades cobram bem mais do que isso: em média, R$ 10 mil (há exemplos que chegam a R$ 15 mil). A diferença precisa ser quitada a cada mês pelo estudante — é a chamada coparticipação, que está pesando no orçamento dos jovens mais pobres.
Porcentagem limitada de financiamento: De 2010 a 2015, o Fies financiava a mensalidade inteira dos alunos. Depois disso, a regra mudou: atualmente, a porcentagem de cobertura nunca chega a 100%. Tudo depende da renda familiar do estudante. Quanto menor o salário médio da família, maior a fatia da mensalidade que poderá ser paga só depois da formatura.
Programa financia, no máximo, R$ 8,8 mil por mês, mas faculdades privadas cobram mais de R$ 10 mil. Essa diferença precisa ser paga todo mês pelos estudantes. Quando faculdades reajustam as mensalidades, o valor fica ainda mais alto. “Comecei pagando R$ 800, mas agora são R$ 2.103. Estou desesperada — se eu largar tudo, fico sem diploma e com dívida altíssima”, diz aluna.

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