Superintendente de saúde foi exonerado, após ser preso por desviar remédios de UPA em VG

Oswaldo Prado Rocha é sobrinho da vereadora Rosy Prado que lhe indicou para o cargo na prefeitura de Várzea Grande

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O superintendente da Saúde Municipal de Várzea Grande, Oswaldo Prado Rocha, preso nesta segunda-feira (22) acusado de liderar uma organização criminosa, montou um método para desviar medicamentos da UPA Ipase, em Várzea Grande, por meio de uma janela, construída na sala onde funciona a farmácia da unidade. Oswaldo Prado Rocha é sobrinho da vereadora Rosy Prado que lhe indicou para o cargo na prefeitura de Várzea Grande.

O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat (MDB) exonerou Oswaldo Prado Rocha, Jackson Alves Lopes de Souza e Ednaldo Jesus da Silva, também servidores municipais que foram identificados nas investigações policiais, como acusados de integrarem um esquema de desvio de medicamentos da Upa Ipase.

Oswaldo ocupava a Superintendência de Atenção Secundária e seus comparsas eram responsáveis pela farmácia da Upa e desviaram grandes quantidades de medicamentos e repassavam para o empresário Fernando Metelo Gomes de Almeida, dono da empresa Disnorma Comercio Atacadista de Medicamentos e Material Médico Hospitalar LTDA. O empresário também foi preso.

Eles foram alvos da Polícia Civil, na Operação Fenestra, que cumpriu 22 mandados judiciais. Segundo informações de funcionários da UPA, centenas de caixas de medicamentos foram desviados por meio da janela, que teria sido construída sob ordem de Rocha. Nas investigações, a Polícia Civil chegou à conclusão que Rocha era o mentor e líder do esquema.

As investigações iniciaram em abril de 2022 e apontaram o envolvimento de servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, dentre eles o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares.

Conforme a apuração da Deccor, os medicamentos eram receptados por um empresário que atua no ramo de medicamentos e utilizando “laranjas” para pagar vantagem indevida à agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores.

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