Foto: Ecoa
Pelo segundo ano consecutivo, o rio Paraguai, que drena a bacia do alto Paraguai e o bioma Pantanal, vem apresentando valores de nível d’água significativamente abaixo da média. De acordo com o último boletim de monitoramento hidrológico da bacia, publicado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM), o nível d’água na estação de Cáceres (225 km a oeste de Cuiabá) registrou o nível mais baixo em 56 anos. Na capital, o Rio Cuiabá também preocupa com redução de água muto baixo, que pode prejudicar o tratamento da água nas estações de água da cidade.
O boletim, publicado na última sexta-feira (9), aponta que em Cáceres, o nível de água está atingindo os menores valores mínimos já observados para esse período do ano, considerando toda sua série histórica de dados – com registros desde 1965. O nível atualizado encontra-se em 78 cm.
Com tendência de declínio de seu nível até o mês de outubro, quando normalmente termina o processo de vazante, o rio Paraguai preocupa em todas as estações monitoradas pelo SGB-CPRM.
O comportamento dos rios na bacia vem confirmando o prognóstico divulgado pelo órgão no dia 6 de junho, quando ficou claro que o processo de vazante havia iniciado antecipadamente em 2021.
De acordo com o pesquisador Marcelo Parente Henriques, a variação natural sazonal dos níveis dos cursos d’água da bacia do rio Paraguai, o pulso de inundação, constitui o fator principal que rege o funcionamento de rios com a planície de inundação, e condiciona a vida da população e as atividades econômicas na região.