Secretário diz que polícias não aliviam criminalidade em Mato Grosso

Bustamante atribui a eficácia da segurança estadual a qualificação dos policiais, modernização dos equipamentos e estrutura das polícias

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Para o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, a atuação das forças de segurança do Estado são vistas como exemplo no combate aos crimes e os profissionais estão preparados para agir de acordo com as mais diversas situações.   “Nosso trabalho é evitar crimes, respondendo à altura para inibir a criminalidade. Neste primeiro semestre, os homicídios no Estado caíram 10%, furtos e roubos, 30%. Temos 53 cidades sem nenhum assassinato neste período”, destacou o secretário.

Segundo ele, as ações efetivas são resultado de investimentos no tripé da segurança pública – homem, equipamento e estrutura – qualificando profissionais, melhorando o ambiente de trabalho, fornecendo armamentos e equipamentos de qualidade, adquirindo novas aeronaves e reduzindo o déficit penitenciário.

As forças de segurança têm agido na captura dos envolvidos no assalto, na modalidade novo cangaço, às cooperativas de crédito em Nova Bandeirantes. Até quando as Polícias Civil e Militar continuarão nesta busca?

Alexandre Bustamante – O tempo necessário para finalizar as investigações, as operações de busca e, se possível, o resgate de tudo foi furtado e roubado na cidade. A Secretaria de Segurança Pública tem como meta evitar este tipo de crime em Mato Grosso e, quando acontecer, dar uma resposta à altura.

O senhor acredita que esta atuação é vista como exemplo de que em Mato Grosso a criminalidade éão ali combatida?

Alexandre Bustamante – Sim. Tanto esta, quanto outras, como redução de homicídios, roubos e furtos. Conseguimos reduzir os índices de criminalidade, dando uma resposta clara: a criminalidade aqui no Estado não prospera. Ao contrário. Os profissionais da área de segurança mato-grossense estão à altura de suas responsabilidades no combate aos crimes cometidos em nosso território.

A Segurança Pública tem recebido grandes investimentos para melhorar a atuação de seus agentes, nas diversas frentes, em todo o Estado. A população já está sentindo o reflexo destes investimentos?

Alexandre Bustamante – A sensação de segurança, conforme nos apontam as pesquisas, tem aumentado. Os indicadores de segurança pública, principalmente referentes aos crimes violentos contra a vida – furtos, roubos e homicídios -, estão em queda.

Uma das prioridades da atual gestão é implantar em todo o Estado a radiocomunicação digital. Em que fase está o projeto e quais seus benefícios na atuação dos agentes? É possível ampliar o seu uso para além da segurança pública?

Alexandre Bustamante – A segurança pública precisa de um instrumento de radiocomunicação digital criptografado. Hoje, nossa comunicação é analógica e qualquer sistema de rádio pode copiar nossas informações, o que atrapalha o cerco e coloca em risco os nossos profissionais.

Os investimentos do Governo do Estado em radiocomunicação digital trazem avanços significativos, pois propiciam mais confiança ao profissional e aumentam a atividade de segurança em todo o Estado.

Mesmo em locais onde não é possível acessar o celular, a radiocomunicação digital funciona.

O mais importante é que funciona de forma criptografada e segura, dando ao profissional a certeza de que poderá conversar sobre determinados cercos e operações, sem correr o risco de ser interceptado pela criminalidade.

O Estado também tem investido na valorização dos profissionais da segurança pública, com a entrega de armamentos, fardamento e renovação da frota de veículos. Além disso, os prédios onde atuam também estão passando por melhorias, garantindo melhor ambiente de trabalho. Qual o reflexo destes investimentos?

Alexandre Bustamante – Na verdade, o Governo do Estado está investindo no famoso tripé da segurança pública – homem, equipamento e estrutura.

Estamos qualificando nossos profissionais, com diversos cursos e capacitações. Quanto ao equipamento, o Governo do Estado, por meio do Programa Mais MT, está adquirindo armamentos de qualidade tanto de uso pessoal quanto de uso técnico, do tipo armamento longo.

Trocamos todas as viaturas, melhoramos o transporte aéreo com a aquisição de três novas aeronaves, incluindo um helicóptero, reforço importante para salvamentos e no combate a incêndios florestais e outros crimes ambientais.

Estamos, também, passando por uma nova etapa – a melhoria dos prédios onde trabalhamos. Esta é uma determinação do governador, que tenhamos prédios próprios e modernos. Melhor ambiente de trabalho aliado ao uso da tecnologia, cada vez mais avançada na segurança mato-grossense, em prol da sociedade.

Neste mês de julho, o Estado reforça o combate aos incêndios florestais, com as forças de segurança atuando em parceria com os agentes da Sema-MT (Secretaria de Meio Ambiente) e de outros órgãos. Como está sendo este trabalho, qual o efetivo e os recursos empenhados pela Sesp no combate aos crimes ambientais?

Alexandre Bustamante – Estamos trabalhando em diversas frentes neste enfrentamento ao desmatamento, às queimadas e aos incêndios ilegais. No ano passado, tivemos um desastre, com o incêndio no Pantanal. Neste ano, estamos antecipando, começando pela aquisição de EPIs (equipamentos de proteção individual) e de ferramentas para evitar incêndios.

O Sistema Penitenciário passa por mudanças, com melhores condições de trabalho para os agentes penais, reformas e adequações de penitenciárias e cadeias, abertura de mais vagas e uso da tecnologia. Quais os resultados?

Alexandre Bustamante – Todos os estudos de criminologia e análise criminal apontam que a maioria das lideranças do crime organizado atualmente se encontra presa nas unidades prisionais.

Começamos em agosto de 2019 uma operação retomando a gestão da principal e maior cadeia de Mato Grosso, que é a Penitenciária Central do Estado.

Por determinação do governador, desde então construímos novos raios, com modernas tecnologias, para atender a capacidade do Estado, que ainda possui um grande déficit de vagas.

Com isso, há muita acumulação de unidades e celas e a determinação do governador é criar quatro mil vagas, que permitirão ao Estado a separação entre presos condenados e presos provisórios, presos de alta e de baixa periculosidade.

Assim, vamos desmantelar a organização criminosa dentro dos presídios, isolando o faccionado do não faccionado, dando oportunidade ao reeducando que deseja voltar à liberdade e ao convívio social.

No Brasil, não há pena de morte nem prisão perpétua. Portanto, os que quiserem aderir à ressocialização, o Estado lhes propiciará esta oportunidade. Os que não quiserem, cumprirão sua pena em estabelecimentos prisionais com segurança, sem comunicação com o mundo externo. Até que um dia possam voltar ao convívio da sociedade.

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