Pré-candidato a prefeito de Várzea Grande, o empresário Flavio Vargas (PSB) teceu duras críticas à família Campos, que há muitos anos – ainda que intercalando gestões – comanda o Município. Segundo ele, a família faz “política por política” sem de fato se preocupar com a administração da cidade.
“Vejo isso aqui há 40 anos como um balcão de negócios. Quem é amigo do rei tem tudo. Quem não concorda com o modo de pensar não é bem-vindo na cidade”, disse o empresário em uma live.
“Há 40 anos estou em Várzea Grande e não vi a cidade crescer como eles falam. Vi todas as cidades do interior crescerem, se tornarem grandes polos industriais e aqui, que era a Cidade Industrial, não evoluiu”, emendou.
Vargas disse que sua pré-candidatura é fruto da insatisfação de um grande grupo de pessoas em relação à atual administração, que tem a frente a prefeita Lucimar Campos (DEM).
Segundo ele, já há 11 partidos em seu arco de alianças e há uma expectativa de que esse grupo congregue 15 siglas.
“Fui convidado por vários grupos de pessoas influentes em Várzea Grande que estão insatisfeitas com as coisas. Resolvi aceitar esse desafio. Incialmente estávamos em 8 partidos, hoje estamos em 11, pretendemos chegar a 15. Para justamente mudar a história”, disse.
“São pessoas que estão cansadas com a família Campos no poder há 50 anos e fazendo política por política. Pensando pouco em administração. Essa cidade proporcionou muito a mim, então achei que era hora de me dedicar um pouco a cidade e pensar em gestão, não em política”.
Dentre as siglas que já oficializaram apoio ao nome de Vargas estão o PROS, PSL PSC, PRB, Patriota, Solidariedade, PRTB, DC, PSD e PDT.
“Obras sem qualidade”
Ainda durante a entrevista, Vargas colocou em xeque a qualidade de obras que vêm sendo executadas por Lucimar, como as de pavimentação na cidade.
“A Lucimar vinha fazendo um governo até bom, mas, no final começou a ser tudo pela política. Estão fazendo muito asfalto? Sim, mas sem infraestrutura, sem rede de esgoto. Qualquer um sabe que quando começar a época de chuvas, terá que entrar com tapa buraco, porque isso aí vai ser uma calamidade”, afirmou.
“Então, acho que está na hora pensar em Várzea Grande e não em tudo pelo poder, em ganhar por ganhar. Tem que ter obra de qualidade. Várzea Grande merece isso. Às vezes. É até melhor menos quantidade e mais qualidade”, concluiu.