Prefeitos são acusados de desviar dinheiro da Covid-19 para conclusão de obras nas cidades em MT
Folhamax
A permissividade da lei 173/2020 que autorizou o governo federal repassar aos municípios R$ 23 bilhões pra combater a covid-19, acabou fazendo com que muitos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL) criticassem alguns prefeitos nas redes sociais. Os principais alvos são a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos (DEM), e Zé Carlos do Pátio (SD), prefeito de Rondonópolis.
Em um vídeo que circulou pelo país inteiro através de aplicativos de mensagens um apoiador do presidente, situado na frente do Paço Couto Magalhães, sede da prefeitura de Várzea Grande, acusa a prefeita de “enfiar dinheiro” do covid-19 em obras de infraestrutura. “De 74 milhões apenas R$ 4 milhões para a saúde”, afirma erroneamente.
De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, o governo destinou R$ 78 milhões no projeto de socorro a Estados e Municípios, deste total R$ 4 milhões foram aplicados na Saúde. O restante, de R$ 74 milhões, foi dividido da seguinte forma: mais R$ 20 milhões foram aplicados na área da saúde e o restante, de R$ 54 milhões, serão aplicados em várias secretarias, de diversas formas, como em ações para geração de emprego e renda.
Algo semelhante ocorreu em Rondonópolis, onde a prefeitura também foi alvo de críticas por destinar grande parte dos recursos para obras inacabadas. Ocorre que, assim como foi feito em Várzea Grande, a medida não é ilegal e é permitida inclusive pela própria legislação aprovada pelo governo federal.
O município de Rondonópolis recebeu do governo federal R$ 64 milhões. Deste valor, serão destinados R$ 15,2 milhões para serviços de revitalização, conservação e manutenção de vias pavimentadas, além da compra de materiais de consumo.