Criado para ser mais uma forma de apoio às vítimas de violência doméstica e para evitar reincidências do crime, o botão do pânico atende atualmente a 72 mulheres de 16 municípios de todo o Estado. O maior número de mulheres está concentrado em Cuiabá, no entanto, cidades como a vizinha Várzea Grande, Barra do Garças, Tapurah e Glória D’Oeste também têm pessoas que utilizam a tecnologia.
Das 3.602 pessoas monitoradas por tornozeleira eletrônica, apenas 188 agressores utilizam o equipamento pelo crime de violência doméstica. E o número de mulheres que utiliza o botão do pânico ainda é duas vezes menor do que o número de agressores monitorados.
O coordenador de Monitoramento Eletrônico de Pessoas da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT), Leonardo da Silva Ferreira, explica que há duas razões maiores. “Ou o juiz não determina o uso do botão em casos de violência doméstica ou a própria vítima não procura a central para ter acesso ao botão. Nós só conseguimos cumprir a medida judicial quando a vítima vem até a gente”, explicou Leonardo.
E apesar de atualmente apenas mulheres utilizarem o botão do pânico, ele também já foi disponibilizado e ainda está disponível para homens. A maioria dos poucos casos em que houve a utilização do botão por pessoas do sexo masculino, tratam-se de relacionamentos homoafetivos em que houve o crime de violência doméstica.