Foto: Sérgio Lima
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 5ª feira (7.mai.2020) que vai vetar o trecho do pacote de ajuda a Estados e municípios aprovado no Congresso que possibilita aumento de salários em várias categorias de funcionários públicos.
A declaração foi feita durante visita do presidente ao STF (Supremo Tribunal Federal), acompanhado de ministros e empresários.
O projeto foi aprovado pelo Senado na 4ª feira (6.mai), com as modificações introduzidas pela Câmara. Segundo a proposta alterada pelo Congresso, servidores da área de saúde e categorias da segurança pública dos estados e municípios, como policiais militares, além das Forças Armadas, poderiam receber reajuste na crise.
A ideia do presidente de derrubar a possibilidades dos aumentos vem alinhada com o ministro Paulo Guedes. Também presente no STF, Guedes renovou o pedido de contribuição dos funcionários públicos na crise. Segundo ele, o aumento não é justo com a população brasileira nesse momento dramático.
“Eles têm estabilidade de emprego, salários acima da iniciativa privada. E com 2 anos sem aumento estamos falando de R$ 130 bilhões que poderiam ser usados para preservar vidas, para estender o programa social”, disse Guedes.
O presidente Bolsonaro declarou que aproximadamente 10 milhões de empregos formais deixaram de existir, de acordo com a OID (Organização das Indústrias de Defesa).
“Entre os 38 milhões de formais e autônomos, segundo a OID (Organização das Indústrias de Defesa), esse pessoal perdeu 80% do seu poder aquisitivo. Alguns perderam 50% e outros zeraram. Estão sobrevivendo basicamente em cima do auxílio emergencial que acaba daqui a 2 meses”, falou.