Foto: Fablício Rodrigues
Onze câmeras escondidas e quatro escutas ilegais foram encontradas na sala da presidência da Assembleia Legislativa de Mato Grosso e do Colégio de Líderes – anexo a presidência – na tarde de ontem, quinta-feira (16). Mas foi divulgado nesta sexta-feira (17). Os equipamentos foram encontrados, durante fiscalização realizada semestralmente na sala pela Coordenadoria Militar que faz a segurança do legislativo.
Após tomar conhecimento dos materiais, o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) acionou a Secretaria de Segurança Pública para investigar o caso. O próprio secretário Alexandre Bustamante esteve no parlamento estadual, onde conversou com Botelho e abriu inquérito para apurar os fatos.
Botelho disse que está tranquilo com relação às eventuais gravações realizadas, mas lamentou a situação de espionagem dos seus trabalhos. “É uma situação lamentável. Pelos sinais, isto é coisa de amador e acredito que seja alguém com a intenção de praticar extorsão. Quem fez, será descoberto”, disse.
Os equipamentos de arapongagem foram encontrados embaixo de mesas e cadeiras e até mesmo no teto das salas. Este é o segundo caso de grampos ilegais no Estado.
Em 2016, o promotor Mauro Zaque revelou um suposto esquema dentro da Polícia Militar, que gerou a prisão de dezenas de pessoas. As investigações sobre o fato que ficou conhecido como Grampolândia Pantaneira seguem nas esferas militar e civil.