De janeiro a dezembro de 2019, o município de Rondonópolis (212 km ao Sul de Cuiabá) recebeu do Governo de Mato Grosso mais de R$ 44,7 milhões. O pagamento do recurso foi realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), que destinou a verba ao Fundo Municipal de Saúde (FMS), responsável por repassar a quantia aos hospitais.
“A atual gestão honrou com os pagamentos de 2019, isto é, não deixamos nenhum débito em atraso referente à competência desta atual gestão. A regularidade da transferência de recursos aos municípios foi preponderante para melhorar a resolutividade da saúde em Mato Grosso. Além disso, os Hospitais Regionais estão supridos e estamos com canteiro de obras em praticamente todas as unidades hospitalares geridas pelo Governo do Estado”, disse o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.
Além da regularidade dos repasses, uma das medidas estratégicas para o planejamento, reorganização e melhoria da Saúde na região Sul do Estado aos pacientes que dependem do Serviço Único de Saúde (SUS-MT), foi a rescisão do contrato hospitalar. Isso possibilitou a retomada da administração do Hospital Regional de Rondonópolis (HRR), antes gerenciada por uma Organização Social de Saúde.
A decisão foi anunciada pelo secretário estadual de Saúde em janeiro de 2019, após detectar várias irregularidades, tais como falta de medicamentos, precariedade estrutural na unidade e o atraso no pagamento de salário dos servidores.
Todas essas modificações na administração geraram um significativo resultado que pode ser percebido já no terceiro trimestre de 2019, quando os relatórios financeiros do Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças (Fiplan) apontaram uma economia de aproximadamente R$ 27 milhões aos cofres públicos.
Outro resultado alcançado foi a oferta de serviços prestados aos pacientes. No segundo trimestre do ano passado, a unidade, que é referência na região sul de Mato Grosso, iniciou os procedimentos de cirurgias de alta complexidade.
Em maio de 2019, a equipe médica do centro cirúrgico começou as primeiras operações ortopédicas de fratura de quadril e acetábulo (região do quadril que se articula com o fêmur). A ativação do serviço é uma das justificativas da economia gerada. O custo com o translado dos pacientes para a Capital era elevado e toda a despesa era bancada pelo poder Executivo para garantir o tratamento dos pacientes.
Além de gerar economia, a realização da cirurgia no Hospital Regional proporcionou aos pacientes uma rápida recuperação e comodidade pelo simples fato de continuarem o tratamento sem precisar sair da cidade.
Dívida deixada pela gestão passada
Em janeiro de 2019, o retrato estadual da Saúde era caótico, pois a SES-MT tinha dívidas acumuladas de restos a pagar. Diante da problemática, a Secretaria trabalhou para resolver os problemas com foco no planejamento financeiro para o pagamento dos débitos.
Os resultados dessa força tarefa para reequilibrar as contas foram percebidos no primeiro ano de gestão, com a amortização de R$ 14,5 milhões, referentes à parte da dívida herdada de R$ 19,5 milhões.
Embora uma parcela do passivo tenha sido paga, os relatórios da Secretária Adjunta de Finanças e Convênios apontam que ainda restam R$ 5,1 milhões para quitar todo o débito. Para dar resolutividade à pendência, o gestor da Saúde está em tratativas de análise com o governador Mauro Mendes, avaliando um possível parcelamento do montante.
Obras de readequação predial
Outra medida anunciada em 2019, que está sendo executada na região Sul do Estado, é a obra de reestruturação predial do Hospital Regional de Rondonópolis. Com a realização dos trabalhos, estão sendo recuperadas as estruturas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), ambulatórios e Pronto Atendimento.
Segundo a Superintendência de Obras da SES-MT, os investimentos são de R$ 800 mil. Atualmente, 60% das obras estão concluídas e a expectativa é de que os procedimentos sejam finalizados no primeiro trimestre deste ano.
Quando estiver finalizada, um dos resultados será o ganho de 10 novos leitos, que passará a contar com 30 leitos após conclusão da obra. A previsão de ativação dos leitos é para o primeiro semestre deste ano.
Serviço