Bruno já é atleta do Operário e patrocinadores devem cumprir contrato, diz presidente

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Foto: /Claudemir Camilo

Operário de Várzea Grande já decidiu e contratou o goleiro Bruno Fernandes das Dores de Souza, condenado há mais de 20 anos de prisão por participação na morte da modelo Eliza Samudio, mãe de um filho dele.

O jogador conseguiu liberação da Justiça de Minas Gerais para se mudar para Mato Grosso e trabalhar no clube que tem sede na região metropolitana.

O diretor do time, André Xela, informou que não vai se render aos apelos de grupo de mulheres que prometem realizar manifestações. Em sua opinião, todos têm direito a expressão, porém muitas são as pessoas que também apoiam a vinda do jogador, já que todos podem ter uma segunda chance na vida.Já sobre a perca de patrocínios, André observou que os patrocinadores não devem voltar atrás, já que todos tem um contrato a cumprir.

“O Bruno já é um atleta do Operário. Conseguimos essa conquista. Essas outras questões dele com o passado, a Justiça é quem determina. O fato é que ele está no regime semiaberto e precisa trabalhar. A única coisa que fizemos foi uma proposta de emprego para um atleta que já foi preso”, defendeu.A ida de Bruno para o time várzea-grandense tem gerado polêmica desde o ano passado, quando a proposta foi realizada pelo clube de futebol.

Entidades como o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher de Mato Grosso (CEDM/MT) divulgou uma nota de repúdio dizendo que alguém que tenha sido condenado pelo crime de homicídio tem o direito a recomeçar a vida, inclusive profissional, mas não deve ocupar uma posição em que deve ser tratado como ídolo.
O conselho ressalta que Bruno, à época do crime, jogador no auge do Clube de Regatas do Flamengo, foi condenado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado.

“Contratamos o atleta em um contrato de um ano, que deve ganhar no máximo até R$ 5 mil. Outra coisa ele não vem de jatinho como está sendo divulgado na mídia. Não sabemos nem ainda o dia que ele. Mas, também não iremos divulgar por questões de segurança. Talvez para poupá-lo, a gente vai locar um avião e trazer ele. Depois disso, a família dele também vai morar aqui e ele irá responder apenas como goleiro do Operário”, encurtou.

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