Partido de Bolsonaro já coletou 172 mil assinaturas, mas precisa chegar em março com 500 mil
O Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro está criando, estuda formas de aumentar sua estrutura de coleta de assinaturas. O grupo corre contra o tempo: é necessário que 500 mil sejam recolhidas e validadas até abril para a legenda poder participar das eleições municipais deste ano.
Hoje, há cerca de 1.000 pessoas trabalhando sistematicamente, de acordo com o publicitário Sergio Lima, 1 dos coordenadores da operação. Eles recebem em uma caixa postal em São Paulo fichas de apoiamento enviadas de outros locais, checam se a assinatura tem firma reconhecida, separam por zona eleitoral e fazem os documentos chegarem aos respectivos cartórios para serem computados pela Justiça Eleitoral.
Segundo Lima, até a manhã desta 4ª feira (15.jan.2020), essa engrenagem já havia checado 172.000 assinaturas. A central da operação é uma sala cedida por ele na capital paulista. Todos trabalham voluntariamente, diz.
A expectativa dos correligionários de Bolsonaro é de que o número de pessoas trabalhando de forma sistemática pule para “vários milhares”.
Nos próximos dias, o Aliança Pelo Brasil deverá divulgar em seu site uma espécie de manual –que está em fase final de elaboração. O documento explicará, por exemplo, os padrões a serem seguidos para que seja promovido evento de coleta de assinaturas.
A providência também servirá para inibir a aplicação de golpes. A cúpula do novo partido se preocupa com a possibilidade de pessoas arrecadarem fundos em nome da sigla e embolsarem o valor.
A ideia é que haja pequenas estruturas espalhadas pelo país –por exemplo, na sala da casa de apoiadores– também em condições de dar encaminhamento às assinaturas recolhidas. Até mesmo capacitações presenciais estão sendo cogitadas, mas para o futuro.
De acordo com Lima, ainda não há dinheiro disponível para a estruturação das coletas. Segundo ele, os advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa trabalham para viabilizar o recebimento de doações pelo partido. “A vaquinha tem que ser registrada no TSE”, explica.