Assessoria Vereador Diego Guimarães.
Em sessão solene emocionante, o vereador Diego Guimarães (Progressistas) homenageou os organizadores e voluntários da Semana da Adoção. Em maio os evolvidos na ação sofreram com a repercussão negativa do evento “Adoção na Passarela”. Ao todo 26 moções de aplausos foram entregues.
“A mídia se não mudar vai cair em descrédito perante a sociedade. Mas ressalto que ninguém atira pedra em árvore que não dá fruto e esse evento dá resultado. Conte conosco e uma parcela do orçamento vai ser destinada como emenda impositiva para essa causa. Eu sou pai e minha filha que é biológica tenho um amor que não consigo mensurar, imagina o amor de uma mãe e um pai que adota”, disse o parlamentar.
Promovido pela Associação Mato-grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara) e Comissão de Infância e Juventude (CIJ) da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT), o “Adoção na Passarela” promoveu desfile de crianças disponíveis para um novo lar. Após algumas críticas na internet, o evento virou notícia em mais de 25 países, que comparou a ação com uma “feira de escravos”.
“Por completo desconhecimento e ignorância de pessoas, que de forma inconsequente lançaram opiniões sobre algo que não tinha acontecido e nem buscaram saber. O efeito manada veio e bombardeou o evento, colocou em suspeição ações de entidades respeitadas como se todos jogassem contra a causa da adoção. Foi aberto um procedimento dos magistrados envolvidos e tivemos que dar extensas explicações ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e mostrar que tudo aconteceu dentro do limite da legalidade”, explicou o juiz Túlio Duailibi Souza, coordenador da Comissão da Infância e Juventude do Poder Judiciário de Mato Grosso.
O magistrado agradeceu a homenagem feita pelo vereador. “Não tinham pessoas amadoras e sim que viveram e vivem a causa. E a conclusão foi arquivar o procedimento legitimando o evento. Como juiz da infância quero cumprimentar o vereador pela justa homenagem, primeira homenagem de um órgão de representação legítima da população reconhecendo o trabalho que foi feito”.
A presidente da Associação Mato-Grossense de Pesquisa e Apoio à Adoção (Ampara), Lindacir Rocha, lembrou da semana em que aconteceu o evento e do quão desesperador foi às críticas em torno do seu trabalho. “Muito julgadores não entendem a importância do processo de adoção. Esses mutirões são imprescindíveis, porque a morosidade causa instabilidade e dificulta o processo de adaptação da criança e a família que está no processo de adoção”.
“Temos que realizar ações e buscar famílias para essas crianças e para os adolescente, enfrentando os preconceitos e entendimentos equivocados que cercam o assunto. Sempre defendi a sensibilização quanto ao assunto e assim fizemos e penso que o grande marco de transformação começou ali”, ressaltou Lindacir.
Desembargador do Tribunal de Justiça, Paulo da Cunha, ressaltou a importância do trabalho realizado. “As pessoas que estão envolvidas nesta causa deixarão a marca de amor por estas crianças e serão lembradas. Pessoas que ao contrário daquelas que criticam os eventos em prol destas crianças, são pessoas que fazem algo e retornam para sua casa pensando nessas crianças que sonham diuturnamente em ter um lar”.
Hoje Mato Grosso tem 81 instituições de acolhimento de crianças e adolescentes em 65 Comarcas, com 625 acolhidos e 1006 pretendentes habilitados para a adoção. “Esta sessão tem função de despertar na sociedade o interesse por estas crianças que estão a espera de um lar e uma família”, disse Paulo da Cunha.