Instalação e ampliação de indústrias devem gerar empregos e impulsionar a economia de MT em 2020
Uma ferramenta criada pela Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) traça um panorama de novos investimentos, áreas mais promissoras e o tipo de incentivo pode estimular negócios em cada uma delas.
A previsão é que as empresas contratem mais nos próximos meses. “A confiança da indústria de Mato Grosso está descolada do resto do país, está acima de 50 pontos, que é um bom indicador, e então imaginamos que nos próximos meses vai contratar mais”, explicou o coordenador do Observatório da Indústria, Pedro Máximo.
Ele afirma que o objetivo do observatório é prover estratégia e inteligência de mercado para que as indústrias saibam onde trabalhar. “Com essa ferramenta, a gente consegue saber quais os municípios que, se tirar determinado tipo de abate, ele será mais impactado”, afirmou.
Aripuanã
Aripuanã, segundo Máximo, vai se transformar nos próximos cinco anos, com investimentos de R$ 1,5 bilhão da Nexa Resources, do grupo Votorantim, na lavra e beneficiamento dos minérios zinco, cobre e chumbo.
A previsão é de início de operação no final de 2020. “É uma cidade com uma população pequena, e a gente sabe que Aripuanã será uma cidade completamente diferente daqui a 5 anos. Terá mais pessoas trabalhando, mais saúde, estradas melhores”, destacou.
Primeiro, serão contratados trabalhadores para construir a indústria e depois para atender a demanda.
“Agora é a hora de Mato Grosso crescer”, declarou.
Alto Araguaia
Em Alto Araguaia está previsto investimento de R$ 9,7 bilhões em indústrias de celulose. O projeto deve gerar mais de 8 mil postos de trabalho. Na fase de operação aproximadamente 4.400 vagas, sendo 1.200 postos na indústria e 3.200 na área florestal.
A previsão de produzir 2 milhões de toneladas de celulose branqueada de eucalipto por ano.
‘Cadeia do etanol’
As regiões mais promissoras são as beneficiadas com a chamada “cadeia do etanol”, em Lucas do Rio, Sinop. Nova Mutum e Sorriso. Estão previstos investimentos de R$ 6 bilhões no setor.
Atualmente, o estado possui 11 indústrias que usam a cana de açúcar e o milho na produção do biocombustível.
Mato Grosso produz 1.850 bilhão de litros de etanol por ano. Segundo o setor, esse volume deve triplicar nos próximos cinco anos, chegando a 5 bilhões de litros.