Os primeiros seis meses do ano de 2019 têm registrado oscilação na Intenção de Consumo das Famílias (ICF), em Cuiabá, conforme pesquisa elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Fecomércio-MT nesta quinta-feira (27).
Em junho, a pesquisa apresentou alta de 1,2% sobre o mês anterior e atingiu 79,5 pontos. Nos últimos 12 meses, a ICF já atingiu um pico de 87,5 pontos registrado em fevereiro deste ano e um mínimo de 70,6 pontos em outubro de 2018. Em relação a junho do ano passado, o índice somava 76 pontos, crescimento de 4,6% observado no período.
O índice abaixo de 100 pontos da pesquisa indica uma percepção de insatisfação, enquanto acima de 100 (com limite de 200 pontos) indica o grau de satisfação em termos do emprego, renda e capacidade de consumo das famílias em Cuiabá.
Resultados ainda refletem insatisfação
A pesquisa atual registrou alta na variação mensal para os componentes que monitoram o Emprego Atual (0,4%), Perspectiva Profissional (4%), Nível de Consumo Atual (3,3%), com destaque para o Momento para Duráveis (7,2%). Mesmo assim, os componentes somam pontuação abaixo da margem de satisfação, com exceção do Emprego Atual, único que apresenta índice acima dos 100 pontos, contabilizando 123,2 pontos em junho.
Apesar do crescimento observado no último mês, o componente Momento para aquisição de Duráveis (eletrodomésticos, TV, som etc.) tem o pior valor na pesquisa, com 55,7 pontos. O índice atual ainda é 4,3% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando registrava 58,2 pontos. 62,1% das famílias entrevistadas afirmaram que este é um mau momento para aquisição desses bens e apenas 17,9% disseram ser um bom momento.
Renda das famílias diminui
Reflexo disso está no componente que avalia a Renda Atual das famílias em Cuiabá, onde apresentou retração de 2,2% sobre o mês anterior, atingindo 88,7 pontos. Na comparação com junho do ano passado, o índice registrava 93,5 pontos, decréscimo de 5,7%. Das famílias entrevistadas, 36,2% disseram que piorou a sua renda em comparação ao mesmo período do ano passado, 37,8% informaram que está igual a do ano passado e 24,9% declararam que melhorou.