Produção de hortas cultivadas por reeducandos em unidades prisionais do estado está beneficiando instituições filantrópicas no estado que atendem crianças e idosos. Em Cuiabá, as hortaliças produzidas no Centro de Custódia da Capital (CCC) melhorara a alimentação que é servida na unidade prisional e ainda contribuem para o reforço em entidades filantrópicas, como o Abrigo dos Idosos e a Associação de Apoio às Crianças com Câncer.
O projeto ‘Ressocializando com Solidariedade’ funciona há cerca de um ano na unidade prisional e tem quatro frentes de trabalho, entre elas a horta.
O diretor do CCC, Ewerton Santana, explica que o projeto foi criado para oferecer trabalho aos presos, possibilitando ocupação produtiva e remição da pena, como prevê a Lei de Execução Penal, que determina que a cada três dias de trabalho, um é descontado na pena recebida. Além disso, assegura uma alimentação mais saudável dentro da unidade prisional. “As doações representam também uma oportunidade de demonstrar carinho a idosos e crianças”.
Os servidores públicos doaram adubos, sementes e mudas para fazer o plantio da horta. “Tem dado resultado, pois conseguimos sensibilizar os servidores a fazer as doações. Com isso, todos ganham”, explicou o diretor, acrescentando que além da doação das hortaliças, os reeducandos também reformaram cadeiras de descanso do Abrigo dos Idosos.
Rondonópolis
A produção da horta do projeto ‘Semeando futuro’ da penitenciária Major Eldo Sá Corrêa, em Rondonópolis, chega ao prato de famílias em situação de vulnerabilidade social e idosos assistidos pelo Lar Paul Harris, e à Apae, ambos no município. Outra parte da produção é revendida aos servidores e também para a empresa que fornece alimentação à penitenciária.
O Mesa Brasil do Sesc recebe doações de hortaliças para o banco de alimentos. O programa é uma rede nacional contra a fome e o desperdício e contribui para reduzir a condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos.
No projeto da penitenciária, os reeducandos cultivam hortaliças e tubérculos em uma área no perímetro interno da unidade. “Parte da produção é doada para intuições que necessitam de um incremento na alimentação. Dessa forma, o trabalho dos reeducandos contribui com a sociedade de alguma forma”, explica o diretor da unidade, Ailton Ferreira.