A pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), revelou que, em março, 59,6% das famílias em Cuiabá estavam endividadas, um aumento de 1,1 ponto percentual (p.p.) em relação ao mês anterior. No entanto, o índice atual é inferior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando 62,7% das famílias estavam nesta situação.
Divulgada nesta sexta-feira (05), pela Fecomércio-MT, a pesquisa mostrou que, em números absolutos,116.378 famílias possuem contas ou dívidas contraídas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal, compra de imóvel e prestações de carro e de seguros. Desse total, 14,2% das famílias entrevistadas afirmaram estar muito endividadas, 21,4% mais ou menos endividada e 24,1% pouca endividada.
O principal tipo de dívida das famílias – o cartão de crédito – aumentou nos três primeiros meses do ano e atinge 69,5% dos entrevistados. No mesmo período do ano passado, eram 64,2%. Já os carnês aparecem como segundo maior, para 35% das famílias apuradas e, em terceiro, o financiamento de carro, para 9,8%.
Para o consultor econômico-tributário da Fecomércio-MT, Múcio Ribas, o resultado da pesquisa revela uma recuperação gradual das condições para um endividamento das famílias em Cuiabá. “Apesar da alta no endividamento, observada na pesquisa, o comprometimento da renda familiar permanece baixo, refletindo condições favoráveis para pagamento de contas”, afirmou.
Inadimplência permanece estável no mês
Os índices da pesquisa mostram em números absolutos que 34.884 famílias que possuem contas ou dívidas parceladas afirmaram que não terão condições de pagá-las.
O tempo que as famílias da capital passam comprometidos com dívidas também apresentou variação mínima no mês, em torno de 7,7 meses. Em março de 2018, o tempo dessas famílias nestas condições era de 6,7 meses. Para 35,1% dos entrevistados, o tempo comprometido com dívidas é por mais de um ano.
Já a parcela da renda comprometida subiu de 15,4% em fevereiro para 15,7% no mês seguinte. Ainda assim, o índice atual é 4,2 pontos percentuais menor do que o verificado no mesmo período do ano passado, quando comprometia 19,9% da renda familiar.