Obras de prédios púbicos deverão atentar para o aproveitamento de águas das chuvas

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A Assembleia Legislativa de Mato Grosso é exemplo na reutilização das águas de chuvas. Aqui foram construídos dois reservatórios, um capta a água do telhado do Plenário das Deliberações e o outro do estacionamento de veículos.

O volume de captação anual de água das chuvas, desses dois lugares, é de pelo menos 700 mil litros. O liquido precioso é reaproveitado para regar os jardins e é usado também nas descargas sanitárias.

Além de o legislativo estadual utilizar a água de forma racional, acaba economizando tanto o líquido potável quanto nos custos tarifários. É uma iniciativa que deu certo na Assembleia Legislativa, por isso a deputado Janaína Riva (MDB) quer que esse exemplo seja ampliado para outros prédios públicos estaduais.

Nessa linha, o projeto de lei 189/2019, apresentado pela deputada define, por exemplo, que as construções de prédios públicos devem ser feitas com armazenamento de águas de chuvas e, o liquido aproveitados para o uso não potável, seja usada em descargas sanitárias, irrigação de jardins e limpezas de gramados.

A proposta de Janaína Riva ressalta que todo o edital de licitação de obras em prédios públicos mencionará, expressamente, a obrigatoriedade de instalação de sistema de aproveitamento de águas de chuvas.

A captação deve ser instalada nos condutores de águas pluviais, caixas de passagens ou canais de captação de modo a contemplar no mínimo 50% da área de captação pluviométrica.

Outra sugestão que a deputada propõe no projeto de lei é de as obras de reforma, havendo área de terreno disponível, serão obrigatória até o limite mínimo de 30%. “Vale ressaltar, que a implantação do referido sistema é perfeitamente viável em obras como escolas, postos de saúde, centros esportivos e praças”, diz trecho da justificativa da deputada.

Hoje, 22 de março, é comemorado o Dia Mundial da Águas. A data criada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) é destinada à reflexão e discussão sobre a relação homem e água. Nesse dia é importante que sejam abordados temas como a conservação e proteção da água em todos os continentes do planeta terra.

Bacias hidrográficas

Mato Grosso é um dos lugares com maior volume de água doce no mundo. Considerado a caixa-d’água do Brasil por conta dos seus inúmeros rios, aquíferos e nascentes. O planalto dos Parecis, que ocupa toda porção centro-norte do território, é o principal divisor de águas do estado. Ele reparte as águas das três bacias hidrográficas mais importantes do Brasil: Bacia Amazônica, Bacia Platina e Bacia do Tocantins.

Os rios de Mato Grosso estão divididos nessas três grandes bacias hidrográficas que integram o sistema nacional, no entanto, devido à enorme riqueza hídrica do estado, muito rios possuem características específicas e ligações tão estreitas com os locais que atravessam que representam  uma unidade geográfica, recebendo o nome de sub-bacias.

As principais sub-bacias do estado são: Sub-bacia do Guaporé, Sub-bacia do Aripuanã, Sub-bacia do Juruena-Arinos, Sub-bacia do Teles Pires e Sub-Bacia do Xingu.

Volume de chuvas

De acordo com o Portal Mato Grosso de 2008, o volume médio anual de chuvas no Estado fica entre 2.700mm e 1.200 mm. A sua distribuição espacial está ligada à posição geográfica da região, em face dos sistemas regionais da circulação atmosférica e também dos aspectos orográficos.

Os totais anuais de chuva diminuem de Norte-Noroeste em direção ao Sul-Sudoeste. O trecho Norte, incluído na Bacia Amazônica, concentra os maiores totais, enquanto em direção ao Pantanal, a diminuição é gradual, caindo até os 1.200 mm.

A diminuição também se evidencia em direção ao Leste do Estado, onde os totais anuais variam ente os 2.000 e os 1.500 mm. A distribuição dessas chuvas no decorrer do ano evidencia o caráter tropical da área, com duas estações bem definidas, uma seca e outra chuvosa.

Esse caráter é mais nítido na metade Sul do Estado, em que se alternam um período seco, de inverno-primavera e um período chuvoso, de verão-outono, que concentra cerca de 70% dos totais de chuva. Na metade Norte, o período seco diminui gradualmente, atingindo dois meses (junho-julho) no extremo Noroeste do Estado.

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