Moradores de um prédio de classe média, construído há mais de 30 anos, localizado no bairro Áraes, em Cuiabá, se reuniram neste domingo (10) para se confraternizarem e também arrecadarem fundos para quitar as contas do condomínio.
A garagem se transformou em área de lazer, e os convidados pagaram pelas bebidas e pelo prato principal, – a galinhada.
Desta forma, cerca de 60 moradores que residem no edifício de 7 andares com 4 apartamentos cada, conseguiram um “extra” pra complementar os R$ 500 reais pagos na taxa mensal de condomínio, que segundo o advogado Marcondes Novack não é o suficiente para cobrir as despesas.
“A gente tem uma limitação orçamentária, uma certa dificuldade em fazer o reajuste da taxa de condomínio, até pela questão da situação financeira dos moradores, a maioria deles são aposentados e têm uma certa dificuldade no orçamento”, afirma Novack, que já foi síndico do prédio.
O advogado acrescenta que o valor das despesas foi maior que o reajuste do salário mínimo. “A energia,por exemplo, teve 04 reajustes nos últimos anos, o que duplicou o valor da conta. Ainda temos os gastos com material de limpeza, manutenção do elevador e a folha de pagamento de 04 funcionários. Então sempre estamos no déficit, e precisamos nos reorganizar e buscar alternativas para equilibrar a conta do condomínio e evitar sacrificar o orçamento dos moradores ou despedirmos algum colaborador”.
Para a síndica do local, Mara Jurema de Almeida, a iniciativa é uma forma, que deu certo, de driblar a crise financeira, e os condôminos planejam realizar outros eventos com o mesmo propósito no decorrer do ano.
A autônoma Elizabeth Aparecida Pinheiro é uma das moradoras que apoiou a iniciativa. “Conseguimos colocar dinheiro no caixa que estava zerado, e confraternizar com os atuais e ex-moradores”, pontua.