O grande problema da maioria das pessoas e achar que serão eternamente jovens. Tem um período em nossas vidas, em que achamos que iremos ficar congelados no tempo, olhamos para as outras pessoas e pensamos, fulano está envelhecendo, detalhe, o fulano tem o mesmo tempo de vida que o nosso, porém, não enxergamos esse processo em nós, o nosso espelho se nega a mostrar, que sim, também estamos envelhecendo.
Não é fácil aceitar o envelhecimento. O idoso, na maioria das vezes é tratado como peça em desuso, sem serventia, o mercado exclui, a família não dá a devida atenção, e ele, que até então fazia parte do sistema produtivo,é retirado dele, sem ter se preparado, porque não percebeu que o tempo, o precioso tempo, passou.
É muito comum nas conversas em família, os idosos serem deixados de lado, os jovens acham que eles estão defasados, as pessoas pedem a paciência, porque a mobilidade está reduzida e os passos são mais lentos. Essas pessoas estão na fase congeladas no tempo e se comportam como se não fossem envelhecer e percorrer esse mesmo caminho.
O envelhecer é um processo contínuo, comum a todos, porém distinto. Em virtude de alguns fatores, cada pessoa envelhece de forma diferente, entre os quais os biológicos, culturais e sociais. O idoso tem necessidade de atenção especial, que deve ser observada e respeitada por todos, principalmente pela família, para que seja atendida adequadamente. As mulheres com o envelhecimento perde a condição social de reprodução e a vida social fica restrita. O homem quando sai do mercado de trabalho, sente-se improdutivo e excluído e a autoestima fica comprometida.
Ofertar atividades que contribuam com o processo de envelhecimento saudável, no sentido de desenvolver a autonomia, no fortalecimento dos vínculos familiares, no convívio social, na prevenção de situações de risco e que estimule e potencialize a condição de tomada de decisões autônomas, poderão proporcionar que a pessoa idosa absorvao envelhecer naturalmente.
É preciso que os governantes tratem os idosos com o devido respeito, por meio de elaboração de políticas públicas que assegurem seus direitos, e que e a sociedade faça também o seu papel, para que possamos em um futuro próximo, devolver a quem já contribui com o progresso e o desenvolvimento de nossas cidades, estados e do País, o que lhe devido, a DIGNIDADE.
Tânia Matos é arquiteta e urbanista, administradora, pós-graduada em gerência de Cidades, mestranda em Ensino, presidente da Agência Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá e escreve mensalmente neste Blog. E-mail: [email protected]