Mauro Mendes diz que seu maior desafio é equilibrar as contas do Estado

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O governador eleito, Mauro Mendes foi diplomado ontem (17), em uma cerimônia do TRE/MT com outros 24 deputados estaduais. A posse de Mauro Mendes acontece no próximo dia 1º no Palácio Paiaguás. Em entrevistas à imprensa o governador disse que seu maior desafio será comandar um Estado quebrado, que está mergulhado num desequilíbrio fiscal, com muitas dívidas, salários atrasados e centenas de fornecedores sem receber há 6 meses e até um ano.

As declarações foram feitas pelo democrata logo no início, antes mesmo de começar o evento, ocasião em que o ex-prefeito de Cuiabá aproveitou para mandar alguns recados ao tucano Pedro Taques e rebater declarações e insinuações de que a responsabilidade pelo pagamento dos salários dos servidores relativos ao mês de dezembro, a serem depositados em janeiro, já seria do novo governador. “Alguém acredita nisso? Meus amigos está na hora de a gente falar um pouco mais com seriedade porque não dá pra ficar inventando histórinhas de última hora pra tentar justificar o injustificável. É melhor reconhecer que o estado de Mato Grosso está numa triste e dura situação financeira. Seria mais digno, mais honroso, de todos nós, principalmente daqueles que estão hoje nessa posição”, enfatizou Mauro Mendes.

Na sequência, afirmou que o Estado não honra seus compromissos e todos sabem disso. “Infelizmente milhares de fornecedores sabem disso, os prefeitos sabem disso, os deputados sabem disso. Então não adianta ficar inventando histórinha de última hora tentando justificar aquilo que é injustificável”, disparou.

Mendes ressaltou que será uma honra comandar Mato Grosso pelos próximos 4 anos e para isso pretende governar com humildade e com apoio dos servidores e dos aliados políticos que ajudaram em sua campanha vitoriosa em outubro deste ano. “Irei exercer com muita humildade e seriedade e serenidade. É um grande desafio. Mato Grosso passa por um momento difícil da sua história. Mas acredito muito em Deus, acredito na seriedade, na capacidade desse Estado de superar mais essa dificuldade que está sendo apresentada”, disse.

O democrata está confiante que terá o apoio da população e dos aliados políticos, pois segundo ele, ninguém poderá fazer essa “grande missão” sozinho. “Vou precisar da parceria da Assembleia Legislativa, dos nossos deputados que nos representam em Brasília junto ao governo federal. Vou precisar da parceria dos produtores, dos comerciantes, dos servidores públicos, dos trabalhadores, enfim dos mato-grossenses para que todos nós possamos juntos tirar Mato Grosso dessa enorme dificuldade”, enfatizou.

Conforme Mauro Mendes, a situação que mais demanda adoção de ações enérgicas é o desequilíbrio das contas públicas. “A coisa que mais preocupa o Estado de Mato Grosso é o grande número de fornecedores que estão sem receber. Alguns já estão comprometendo serviços essenciais ao cidadão tipo viaturas que estão sendo recolhidas e a segurança pública está sendo comprometida. Fornecedores que suspenderam seus fornecimentos porque estãohá meses, 6 meses sem receber, algus beirando 1 ano sem receber pelos serviços e até mesmo pelos fornecimentos feitos ao Estado”.

Nesse contexto, Mendes ressalta que medidas impopulares serão colocadas em prática imediatamente após assumir no dia 1º de janeiro. “Isso é extremamente preocupante. Nós precisaremos tomar algumas medidas muito duras no início do nosso mandato para que possamos buscar o equilíbrio financeiro do Estado. Estas medidas estão sendo estudadas, mas são todas medidas que buscam, acima de tudo, reduzir despesa. E medidas que vão também propiciar um aumento de receitas. E elas serão no devido tempo anunciadas”, ponderou.

Mauro Mendes não poupou críticas à atual situação econômica e fiscal do Estado que vai receber após o mandato de Pedro Taques que assumiu em janeiro de 2015 prometendo um governo de transformação, para fazer bom uso dos recursos e investimentos em áreas proritárias, o que não prática deixou a desejar, principalmente porque o setor da Saúde, enfrenta uma situação caótica por por causa de atrasos em milhões de reais, cujos repasses são obrigatórios.

Ele enfatizou que Pedro Taques, seu aliado político até pouco tempo, está deixando o caixa vazio. “Isso já é uma realidade. Se agora estamos no dia 17 e eles não conseguiram pagar os salários de novembro é muito óbvio que no dia 2 quando nós sentarmos lá não deverá existir o dinheiro para pagar a folha de dezembro. Isso já é uma realidade, não é uma suposição. Isso é a mais dura, triste e infeliz realidade assim como centenas ou milhares de fornecedores que já estão há meses sem receber. As prefeituras estão atingindo a casa dos R$ 180 milhões sem os repasses obrigatórios para saúde e toda essa dura realidade compõe aquele quadro que eu tenho dito já alguns meses quando eu me propus a ser candidato ao governo do estado de Mato Grosso. Eu dizia com muita clareza: O estado de Mato Grosso está quebrado”, lamentou o democrata.

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