Foto JLSiqueira
A Assembleia Legislativa realiza audiência pública, a pedido do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), nesta quinta-feira (8), no auditório Deputado Milton Figueiredo, na ALMT, às 14 horas, para debater o alto índice de feminicídio e as políticas públicas para enfrentar a violência contra a mulher em Mato Grosso.
A audiência contará com a presença dos deputados estaduais, representantes do Conselho dos Direitos da Mulher, Conselho de Assistência Social, Delegacia da Mulher, Ministério Público do Estado de Mato Grosso, secretário de Direitos Humanos, Centro de Referência de Direitos Humanos, comandante da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, diretor-geral da Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, Defensoria Pública do Estado de Mato Grosso, Acadêmica de Direito e Serviço Social das universidades UFMT, Unic, Unirondon, Univag, Icec, OAB-MT, Corpo de Bombeiros, Ministério Público Federal, Unopar, Unip, Faculdade Anhanguera, Secretaria Estadual de Assistência Social (Setas), Secretaria Municipal de Bem Estar Social de Cuiabá e Várzea Grande, Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), coordenadoria do Núcleo de Defesa da Mulher em Mato Grosso, além da defensora pública Rosana Leite Antunes de Barros e representantes de organizações não governamentais (ONGs) em defesa da mulher.
O deputado Wilson Santos diz que a audiência pública é importante para encontrar caminhos para combater a violência contra a mulher. O parlamentar se baseia nos casos que vêm ocorrendo em Mato Grosso nos últimos anos.
Para se ter ideia da gravidade da situação, 66 mulheres foram assassinadas de janeiro a outubro deste ano. Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (Sesp) ainda apontaram que, no mesmo período, no ano anterior (2017), as mortes chegaram a 70.
Segundo o levantamento da Sesp, 50% dos assassinatos foram passionais, ou seja, praticados por pessoas que tiveram vínculo amoroso com a vítima.
De acordo com a secretaria, os casos ocorreram em 40 municípios e em algumas cidades foram registrados mais de uma morte. Os dados divulgados pela Sesp incluem os boletins feitos pela Polícia Militar (PM) e Polícia Judiciária Civil (PJC).
O levantamento mostra que os assassinos utilizaram arma de fogo nos 44% das mortes e 27% das mortes foram provocadas por arma branca. Já 29% dos homicídios foram provocados por outros meios.
Várzea Grande está na liderança de mortes femininas. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a 15 de outubro de 2018 foram registrados seis assassinatos.
Cuiabá, Sinop, Rondonópolis tiveram cinco casos em cada município. Poxoréo e Tangará da Serra, cada cidade com três mortes. Já Pontes e Lacerda, Feliz Natal, Campo Novo do Parecis, Colíder e Nova Mutum tiveram dois homicídios cada uma. Outras 29 cidades do Estado tiveram cada uma um caso de feminicídio este ano.