Eleições 2018: Senado tem 85% de renovação, a maior de toda a sua história

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Novos políticos vão ocupar pelo menos 46 das cadeiras do Senado Federal a partir de 2019; essa foi a menor taxa de reeleição na Casa desde 1989

Renovação política: segundo o TSE, de cada quatro senadores que tentaram a reeleição neste ano, três não conseguiram

Roque de Sá/Agência Senado

Renovação política: segundo o TSE, de cada quatro senadores que tentaram a reeleição neste ano, três não conseguiram

Divulgados os resultados das eleições 2018, já é possível concluir que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem apresentar, em 2019, as maiores taxas de renovação das últimas décadas, com uma maioria de deputados federais e senadores sem mandato conquistando uma cadeira na Congresso. Só no Senado, a renovação política chegou à taxa de 85%, a maior de toda a história da Casa.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de cada quatro senadores que tentaram a reeleição neste ano, três não conseguiram. Essa estatística transforma as eleições de 2018 nas mais surpreendentes de toda a história recente do País. A renovação política é tanta que das 54 vagas em disputa neste ano, 46 serão ocupadas por novos políticos.

Vale ressaltar que, além das trocas de senadores já decorrentes das eleições parlamentares ocorridas ontem, as disputas pelos governos estaduais também vão causar movimentação nas cadeiras da Casa. Afinal, muitos senadores concorreram a cargos de governadores, ainda na metade dos seus respectivos mandatos.

Nesse contexto, duas trocas no senado já estão garantidas e outras duas ainda podem acontecer no segundo turno das eleições. Com isso, o Senado pode ter 50 novos nomes assumindo cadeiras por lá em 2019, uma mudança inédita de mais de 61% da Casa, já que as eleições foram uma disputa por dois terços das vagas totais.

Nessas eleições, tenha sido registrado o maior número de candidaturas à reeleição que já se viu: foram 32, ou quase 60% dos senadores cujo mandato chega ao fim no próximo mês de fevereiro. Apenas quatro estados não lançaram nenhum senador à reeleição, e nove lançaram os dois.

Porém, apenas oito das 54 vagas que entraram na disputa serão ocupadas por candidatos que disputaram reeleição: a menor taxa anotada nas cinco eleições pós-redemocratização que colocaram em disputa dois terços das vagas do Senado.

De todos os nove estados com dois senadores na disputa, absolutamente nenhum viu ambos retornarem. Em cinco dos casos, inclusive, nenhum dos dois senadores conseguiu se reeleger.

Outra característica do novo Senado é a fragmentação, dado que o número de partidos representados crescerá de 18 para 21.

Das cinco maiores bancadas que devem começar a sessão legislativa de 2019, três perderam parlamentares em relação a 2015. O PT sofreu o maior revés: uma queda de 13 para 6 senadores, seguido do MDB (de 18 para 12) e do PSDB, que passou de 11 para 9 representantes. O DEM cresceu de 5 para 6 senadores, enquanto a representação do PSD saltou de 4 para 7.

Além disso, com a renovação política apresentada nas eleições, a bancada feminina na Casa deverá diminuir a partir de 2019. Atualmente são 13 senadoras, mas apenas quatro ainda terão mandato a partir do ano que vem. Sete foram eleitas e, caso Fátima Bezerra (PT-RN) não se eleja governadora do Rio Grande do Norte, serão 11 o total de senadoras a partir de 2019.

Fonte: Último Segundo

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