‘Não quero que o país corra o risco de o PT voltar ao poder’, disse Ana Amélia
Vice na chapa do presidenciável do PSDB , Geraldo Alckmin , a senadora Ana Amélia (PP-RS) anunciou nesta segunda-feira que pretende seguir a decisão tomada pelo diretório estadual do seu partido em apoiar neste segundo turno o candidato do PSL , Jair Bolsonaro . A senadora anunciou sua posição nas redes sociais, ao dizer que apoia o ex-capitão do Exército para evitar que ‘o país corra o risco de o PT voltar ao poder”.
Em Brasília, Ana Amélia recebeu um telefonema do presidente do partido no Rio Grande do Sul, Celso Bernardi, comunicando que a direção oficializaria o apoio a Bolsonaro. A cúpula do PP se reuniu nesta tarde para formalizar a decisão.
Na prática, parte dos quadros gaúchos do PP já tinha abandonado a chapa de Alckmin e Ana Amélia no primeiro turno. Eleito senador, Luis Carlos Heinze fez campanha por Bolsonaro e recebeu o maior número de votos na eleição do domingo. Ele disputou o Senado depois que a própria Ana Amélia desistiu para compor a chapa com o tucano.
— Vou cumprir a decisão do partido. Não tem desconforto. É questão de escolhas, e fazemos escolhas. Eu mesmo escolhi disputar a vice ao lado de Alckmin. Não tenho como não tomar posição. Neutralidade é uma coisa que o gaúcho não aceita — disse Ana Amélia ao GLOBO.
A senadora disse que cumpriu seu papel como vice de Alckmin, afirmando que está com “a alma e o coração lavados” com a campanha feita pela dupla. Quando deixar o Senado, Ana Amélia pretende fazer um curso no exterior de inglês e talvez um curso de ciência política.
A senadora disse que cumpriu seu papel como vice de Alckmin, afirmando que está com “a alma e o coração lavados” com a campanha feita pela dupla. Quando deixar o Senado, Ana Amélia pretende fazer um curso no exterior de inglês e talvez um curso de ciência política.
Perguntada sobre a reação das mulheres ao candidato Bolsonaro, Ana Amélia disse que houve manifestação contra o candidato e a favor. Ao comentar o resultado da eleição, com Alckmin ficando em quarto lugar, Ana Amélia disse que ainda está entendendo o “fenômeno” da candidatura de Bolsonaro.
O PP decidiu agilizar a declaração de apoio a Bolsonaro depois que o MDB do governador José Ivo Sartori anunciou a adesão ao candidato do PSL pela manhã. Na corrida eleitoral do Rio Grande do Sul, Sartori disputa com o candidato do PSDB, Eduardo Leite, coligado com o PP. Com a presença de Sartori, o MDB divulgou nota afirmando que “compreendendo a posição majoritária do povo gaúcho, recomendava voto em Jair Bolsonaro”.
Pela manhã, Eduardo Leite disse que tem divergências com certas posições de Bolsonaro, mas que não admite a volta do PT ao poder.
O PP gaúcho divulgou nota anunciando a decisão:
“Primeiramente, queremos agradecer a cada eleitor e eleitora do Rio Grande do Sul que confiaram seus votos nos candidatos e candidatas progressistas, de modo especial no Senador Luís Carlos Heinze e nos nossos Deputados (as) Federais e Estaduais.
Cumprimentamos o Deputado Luís Carlos Heinze pelo seu trabalho e esforço em corresponder à vontade da base progressista, dando-nos a certeza de que o Rio Grande do Sul continuará tendo uma voz forte e corajosa no Senado da República.
Com referência ao segundo turno para Presidente da República, em sintonia com as nossas lideranças e com o sentimento da base progressista declaramos e pedimos apoio e voto para o candidato JAIR BOLSONARO.
Por outro lado, renovamos o compromisso que deliberamos na Convenção do Progressistas, na qual resultou a coligação na chapa majoritária e proporcional para o primeiro turno.
Agora, com convicção e entusiasmo nos dirigimos à sociedade gaúcha, de modo especial à família progressista pedindo o máximo de apoio e trabalho em favor dos candidatos Jair Bolsonaro a Presidente da República e para Eduardo Leite a Governador do Estado”.
Fonte: O GLOBO