Líderes de grupos assumiram posição favorável ao candidato do PSL, mas não devem emitir nota, diferente do que fez a bancada ruralista no Congresso
Lideranças das bancadas evangélica e da bala no Congresso Nacional admitiram apoiar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) na corrida presidencial. O gesto surge após os ruralistas que integram a Frente Parlamentar da Agropecuária terem declarado apoio a Bolsonaro , nessa terça-feira (2).
De acordo com reportagem do jornal O Estado de S.Paulo , o apoio a Bolsonaro já é assumido por lideranças de evangélicos e da chamada Frente Parlamentar da Segurança, mas não deve ser manifestado de modo conjunto, como fizeram os ruralistas.
Ao Estadão , o coordenador da bancada evangélica , Pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), disse que apoiar o candidato do PSL é “a tendência natural” dos parlamentares evangélicos (atualmente, são 182 no exercício do mandato), pois Bolsonaro defende “valores cristãos e da família”. A reportagem do iG tentou contato com o Pastor Takayama, mas o deputado não atendeu às ligações.
Já o candidato a governador do Distrito Federal e criador da Frente Parlamentar da Segurança, Alberto Fraga (DEM-DF), declarou seu voto no ex-capitão do Exército durante debate realizado nessa terça-feira (3) pela Rede Globo. “Somos amigos há 36 anos e quero governar junto com ele”, disse Fraga.
O parlamentar reforçou sua posição quanto à corrida presidencial em vídeo publicado na manhã desta quarta-feira (3) em suas redes sociais. “Eu e Bolsonaro temos a mesma coragem para enfrentar quem for preciso e, juntos, vamos colocar o Distrito Federal e o Brasil no caminho certo! O futuro presidente da República vai precisar de um governador que o apoie na capital do País”, escreveu.
O deputado disse que há pelo menos 170 dentre os 306 parlamentares que integram a bancada da bala no Congresso que apoiam Jair Bolsonaro.
Grupos não devem ter posição formal por apoio a Bolsonaro
Ainda segundo o Estadão , tanto Fraga quanto Takayama disseram que não deverá haver declaração formal de apoio ao candidato do PSL devido às dificuldades de reunir os parlamentares durante o período eleitoral – uma vez que muitos estão em campanha.
Ontem, Jair Bolsonaro ganhou o apoio de 261 deputados e senadores que compõem a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Em nota oficial, o grupo justificou o apoio a Bolsonaro alegando haver “clamor do setor produtivo nacional, de empreendedores individuais aos pequenos agricultores e representantes dos grandes negócios”. “Uniremos esforços para evitar que candidatos ligados à esquemas de corrupção [ sic ] e ao aprofundamento da crise econômica brasileira retornem ao comando do nosso País”, dizem os ruralistas.
Fonte: Último Segundo