Esse dinheiro que paga pensão do Blairo tinha que ser usado para melhorar o salário dos professores, diz Roberto Bezerra
Blairo Maggi, milionário, mas recebe pensão de ex-governador, eu sou contra”, acusou o candidato a deputado estadual Roberto Bezerra, que também é presidente do Diretório Municipal do PTB em Cuiabá.
“Cadê os deputados que fazem as leis? Alguém tem coragem de colocar o dedo nessa ferida? Eu sou contra. Esse dinheiro que paga pensão de ex-governador tinha que ser usado para melhorar o salário dos professores, aumentar o número de monitores nas creches”, argumentou o candidato.
O candidato ainda completou dizendo que após o termino do período de representatividade, o ex-parlamentar deve retornar para sua antiga atividade. “Vai embora para a sua empresa, se você é professor volta para sala de aula, mas não é justo que você fique recebendo pelo resto da vida dinheiro do orçamento público”.
Entre as suas principais bandeiras está à defesa da renovação. “Tem deputado que está na Assembleia desde que eu comecei a votar e ainda continua lá. E se você pega o histórico dessas pessoas, é só de ato ilícito, só de coisa errada. Eu defendo a bandeira da renovação eu acho que tem que renovar 100% da Assembleia Legislativa”, afirmou.
Bezerra tem como sua principal base a região do médio norte, mas já desenvolveu atividades em todo o estado. “Eu já fui diretor do INTERMAT, regularizei mais de 36 assentamentos, diversas propriedades particulares, em milhares de bairros nos 141 munícipios. Também trabalhei com a equipe que implantou os hospitais regionais no estado”, declarou.
Roberto é bacharel em Direito, possui graduação em ciência política, e trabalhou por 10 anos como assessor do ex-deputado Rene Barbour. O candidato também já ocupou cargos na gestão pública como de diretor da Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Turismo (Sicmt), onde ajudou a elaborar o projeto incentivo fiscal, e de diretor do Instituto Mato-grossense de Terras (Intermat), onde contribuiu muito com o processo de regularização fundiária.
As principais propostas do candidato são discutir a carga tributária de Mato Grosso, a questão fundiária, fomentar a criação de escolas integrais e a estruturação dos hospitais regionais para desafogar o pronto socorro da capital.
Confira a entrevista completa:
Muvuca Popular – Quem é Roberto Bezerra e porque os mato-grossenses devem votar em você?
Roberto Bezerra – Meu nome é Roberto Bezerra tenho 44 anos, sou candidato a deputado estadual, empresário em Cuiabá, violeiro, católico, porém, respeito todas as religiões, creio em Deus e sou bacharel em Direito. Sou presidente do PTB municipal e eleitor também. E o motivo da minha candidatura é que como eleitor, com uma pessoa que já votou desde os 16 anos, vejo que não tem sentido mais nós continuarmos elegendo sempre as mesmas pessoas. Tem deputado que está na Assembleia desde quando eu comecei a votar e ainda continua. E se você pega o histórico dessas pessoas é só de ato ilícito, só de coisa errada, e nós continuamos votando. Então, eu defendo a bandeira da renovação eu acho que tem que renovar 100% da Assembleia Legislativa.
Muvuca Popular – Candidato você falou em renovação na política, mas em relação ao governo do estado? Qual a sua opinião sobre a gestão do governador Pedro Taques?
Roberto Bezerra – Eu também acho que tem que haver renovação. Eu não sou aquela pessoa que pensa, ‘quando pior melhor’, mas realmente eu não tenho a informação precisa dos dados, de como o Pedro pegou essas dívidas, obras da copa, obras inacabadas, imagino que deve ter sido um orçamento cruel, mas nós vimos que houve falta de competência de gestão do Pedro. Por exemplo, no final do governo que ele começou a fazer a INTERMAT (Instituto de Terras de Mato Grosso) andar. Ela não é só um órgão de regularização, mas também tem uma importância na arrecadação do estado. A Sema só o que arrecada de taxa, toda licença que é expedida ali é cobrada, não é de graça. Então, ali se conseguisse fazer caixa também, no mínimo se o órgão ficar responsável pela sua folha, já está contribuindo para o estado. No fim, esses dois órgãos parou de arrecadar e sobrou essa conta, para o orçamento geral do estado. Eu acho que houve falta de competência. Tem que mudar.
Muvuca Popular – Quais são as suas principais propostas? Quais se destacam?
Roberto Bezerra – Eu vou ser sincero são cinco bandeiras que eu defendo, por que é bom que fique muito claro que às vezes os candidatos a deputado eles desvirtuam a função. Deputado não executa obra, ele não tem como prometer que vai fazer uma ponte. A função do deputado é legislar, que é elaborar projetos de lei, fazer emendas nas leis que já existem. A outra função é fiscalizar o orçamento público e fazer indicações, para que o executivo. As cinco bandeiras que eu defendo como deputado é a educação integral, além de nós contribuirmos para o ensino, para a qualificação dos nossos jovens, nós também vamos dar uma contribuição social. Eu entendo e eu quero lutar para que as crianças e os jovens fiquem o dia inteiro na escola. Antes, as mães eram donas de casa, as mães ficavam e cuidavam dos filhos. Hoje não, hoje a mãe também trabalha e ela vai para “engordar” o orçamento familiar. E hoje a criança vai para a escola e quando chega meio dia, não tem pai, não tem mãe, as crianças ficam na rua e é ali que ele encontra o traficante, o ladrão e o caminho errado. Nós precisamos cuidar da nossa juventude, eu defendo a escola integral, na Assembleia Legislativa vou defender a educação integral. Nós aqui no estado sofremos com a maior carga tributaria. Nós precisamos discutir a carga tributária de Mato Grosso. Por exemplo, vai abastecer o seu carro no posto de gasolina, aí pede para colocar R$100 reais, cerca de R$35 reais é só de ICMS, fora os outros impostos que insere sobre os derivados de petróleo, isso não é suportável, isso tem que acabar. Outra bandeira que eu defendo, já fui diretor do INTERMAT, regularizei mais de 36 assentamentos, diversas propriedades particulares, milhares de bairros nos 141 munícipios e essa é outra área que precisamos avançar. Eu já fui por 10 anos assessor parlamentar, também fiz o curso de ciência política e fui atuar na área, depois fiquei 10 anos fora. Na minha participação como assessor parlamentar do deputado Rene eu integrei a equipe que implantou os projetos dos hospitais regionais. E esses hospitais eu acho que estão se desfazendo, alguns deles já foram fechados, outros estão prestes a fechar. Nós temos que defender a estruturação dos hospitais regionais para desafogar o pronto socorro da capital, que é o que segura à barra dos 141 munícipios.
Muvuca Popular – Você apoia o Wellington Fagundes, por que você considera ele um bom candidato para governar Mato Grosso?
Roberto Bezerra – O Wellington, antes dele ser político, ele é empresário. As empresas do Wellington não tem incentivo fiscal, nunca entrou em recuperação judicial, isso tudo é um bom indício que vai ter responsabilidade com o orçamento. Por que se a pessoa já é empresário e a empresa dele vai bem ele é um exemplo. Eu vejo que o Wellington é a pessoa que vai fazer o dever de casa.
Muvuca Popular – Nas eleições nós vemos despontar o Jair Bolsonaro. Quem que você apoia para presidente do Brasil?
Roberto Bezerra – Eu já tive tanta decepção em indicar alguém para um amigo, para funcionário e depois as pessoas vieram jogar na cara, “você me orientar que era para votar em fulano, eu votei e olha a decepção”. Muitos dos políticos hoje estão com tornozeleira. O que eu quero pedir para o eleitor é que ele vá às urnas. Isso não é nada mais que uma consulta popular. Cada brasileiro será consultado e às vezes vai externa a sua opinião. Não é ficando sem votar que nós vamos resolver. O que precisamos fazer é avaliar os nomes em que nós vamos votar. Por que tem gente que para votar ele vai e pega o santinho no chão e às vezes vota em um bandido. E isso é o reflexo que a gente tem dos que estão lá nos representando. Às vezes, são pessoas que não tem o mínimo de condição, nem capacidade e moral. Então é necessário avaliar o nome de quem vai votar, pega o histórico da pessoa, se a pessoa tem um histórico de atividades ilícitas de desvio de dinheiro público você não pode votar numa pessoa dessa, porque ela já mostrou o modo dela operar. Nós temos que votar em pessoas boas, pessoas de bem. Nessas eleições todos estão clamando por renovação.
Muvuca Popular – Existe uma troca de acusações entre o Mendes e o Taques. O que você acha e como você vê essa forma dos dois estarem fazendo campanha?
Roberto Bezerra – Eu vejo que o Mauro não tem moral nenhuma para está acusando o Taques de nada. Por que o Mauro, o exemplo que ele deixa é da empresa dele, a empresa dele está saindo de uma recuperação judicial agora. O Pedro está aí, não precisa falar, olha a situação das estradas. Estou viajando o estado inteiro e estou vendo a situação do nosso estado. Os hospitais todos fechados, é só ir ao pronto socorro para ver o que estou falando. Hoje, de 68% a 73% da ocupação do pronto socorro da capital são de pessoas do interior. Isso significa que a saúde do estado não está funcionando. Os hospitais regionais estão praticamente todos fechando as portas, têm hospital que está com cinco meses de atraso no pagamento da sua equipe. Eu acho que os dois estão equivocados, o Pedro por que não conseguiu administrar o estado e de tomar as decisões que precisava tomar. Por exemplo, nós temos uma folha de pagamento absurda, nós pagamos pensão de ex-governador, que eu sou contra. Blairo Maggi por exemplo é milionário e recebe pensão de ex-governador, eu sou contra. O que da amparo para as pessoas receberem esses benefícios e cadê os deputados que fazem as leis? Alguém tem coragem de colocar o dedo nessa ferida? Eu sou contra. Esse dinheiro que paga a pensão de ex-governador tinha que ser usado para melhorar o salário dos professores, aumentar o número de monitores nas creches. Esse dinheiro ir para quem é milionário, o cargo de representação dele não é profissão, o próprio nome fala, ele é representante. Terminou o seu período de representatividade vai embora para a sua empresa, se você é professor volta para sala de aula, mas não é justo que você fique recebendo pelo resto da vida dinheiro do orçamento público.
Fonte: Muvuca Popular (Por: Helena Corezomaé)